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Pesquisadores brasileiros desenvolvem nano chip com alta capacidade de transmissão de dados

O nano chip fotônico usa luz, em vez de eletricidade, para processar e transmitir informações. Isso permite maior velocidade e eficiência na transmissão de dados.

nano chip

(foto: divulgação)

Integrantes do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD) criaram um chip fotônico de apenas 5 milímetros, capaz de transmitir grandes volumes de dados por meio de fibra óptica. A tecnologia vai viabilizar diversas aplicações projetadas para a internet do futuro.

O chip fotônico usa luz, em vez de eletricidade, para processar e transmitir informações. Isso permite maior velocidade e eficiência na transmissão de dados, sendo ideal para redes de comunicação de alta capacidade, como a internet e futuras redes 6G, com um menor consumo de energia.

O projeto tem o nome de Teranet e foi dividido em duas etapas com início em 2018. O objetivo principal foi criar sistemas de comunicação óptica com altas taxas de transmissão. A pesquisa combinou tecnologias optoeletrônicas — dispositivos que utilizam e controlam a luz — para desenvolver sistemas de comunicação óptica de alta velocidade.

Segundo o CPQD, o chip será fundamental para o avanço da internet do futuro, possibilitando a transmissão de dados de forma mais rápida entre grandes centros urbanos e facilitando a conexão eficiente entre data centers, que são centros responsáveis por armazenar e distribuir enormes volumes de informações. Esses centros mantêm em funcionamento serviços digitais essenciais, como sites e aplicativos.

Além de melhorar a transmissão de dados, o chip aumenta o desempenho das redes ópticas, suportando redes 5G, futuras redes 6G e novas aplicações como streaming e realidade aumentada.

Para o seu desenvolvimento, o projeto contou com o apoio do Ministério das Comunicações através de recursos do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel).

“Estamos atentos às transformações da internet e ao futuro dela. Acompanhar de perto isso significa repassar recursos que priorizam centros de pesquisa e conectividade”, afirmou o ministro da Pasta, Juscelino Filho.

O coordenador em Comunicações Ópticas e Quânticas do CPQD, Tiago Sutili, destacou que o chip foi desenvolvido com o auxílio de algoritmos avançados e técnicas inovadoras de processamento digital, utilizando inteligência artificial.

“Todos os componentes necessários para gerar e receber sinais ópticos em alta velocidade estão nesse chip, que, apesar de seu pequeno tamanho, atinge uma capacidade de transmissão de até 1,2 Tb/s por canal óptico”, afirmou o coordenador.

Fonte: CNN Brasil

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