Saúde

Washington revela plano para enfrentar gripe aviária

Trata-se de um plano de mobilização geral da América

Os Estados Unidos revelaram nesta quarta-feira um plano detalhado para enfrentar o caos sanitário, econômico e social que seria criado, segundo o cenário mais sombrio, por uma eventual pandemia de gripe de origem aviária.

Este plano de ação é um “mapa de rota” para aplicar os princípios enunciados na “estratégia nacional contra uma pandemia de gripe”, anunciada pelo presidente George W. Bush em novembro, indicou o porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan.

Este plano de 240 páginas lista 300 tarefas concretas que teriam de ser tomadas pelas agências federais na eventualidade de uma pandemia que poderia provocar, no pior dos casos, uma crise de 18 meses e infectar 90 milhões de americanos. Cerca de 45 milhões ficariam doentes e 1,9 milhão morreriam.

Trata-se de um plano de mobilização geral da América, segundo os comentários recentemente publicados na imprensa americana e nas declarações do secretária de Saúde, Michael Leavitt.

Todos os ministérios e agências federais, Estados, autoridades locais, setor privado, indivíduos e famílias devem se preparar para isto.

“Um país preparado deve ser um país onde cada comunidade, cada empresa, cada clínica e centro de sáude, cada escola, cada universidade e cada família tem um plano”, explicou recentemente à imprensa Leavitt.

O governo trabalhou com a pior das hipóteses, estimando que uma vez que a pandemia tenha sido declarada, serão necessários pelo menos seis meses antes de fabricar uma vacina e vários meses, talvez anos, para produzi-la em quantidade suficiente para proteger a população, afirmou Michael Leavitt.

De acordo com o plano, os Estados Unidos devem anunciar um significativo número de contratos de pesquisa com os grandes laboratórios farmacêuticos para desenvolver e produzir vacinas.

No auge da pandemia, o plano da Casa Branca prevê que 40% da força de trabalho do país não terá condições de ir ao trabalho. Os empresários serão orientados a permitir que seus empregados trabalhem em casa.

Os Estados Unidos se esforçam para retardar a chegada do vírus H5N1 em seu território reforçando a vigilância dos fluxos de migração de aves e a detecção do vírus no exterior.


Fonte: Último Segundo

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