Cuidadosa atenção médica, combinada com psicoterapia ou uma droga adicional, é a maneira mais eficaz de ajudar crônicos consumidores de álcool a reduzirem seu consumo, relataram pesquisadores, terça-feira, sobre o maior teste de todos os tempo para comparar tratamentos para dependência alcoólica.
No estudo, os consumidores de álcool que receberam a melhor atenção médica disponível reduziram a quantidade que bebiam em 80 por cento, e muitos controlaram seus hábitos por mais de um ano.
O estudo governamental amplamente antecipado está sendo publicado no The Journal of the American Medical Association
No total, cerca de três quartos das quase 1400 pessoas no estudo estavam abstinentes ou bebendo moderadamente depois de quatro meses de tratamento, e mais da metade desses estavam indo bem um ano depois.
Especialistas disseram que os resultados eram impressionantes, mas deveriam ser interpretados com cautela. Os homens e mulheres no estudo gastaram bem mais tempo com médicos, enfermeiras e outros membros de equipe do que a maioria que busca tratamento; atenção tão grande age em si mesmo como terapia, disseram eles. E os pesquisadores não revelaram quantos dos participantes estavam inteiramente abstinentes até o final do teste, uma importante medida de sucesso duradouro para muitos consumidores de álcool.
Menos de 10 por cento dos estimados 8 milhões de americanos que são dependentes em álcool jamais receberam tratamentos especializados, e em menos de 1 a cada 100 é oferecida medicação, descobriram análises.
“Este é um belo estudo, em termos da maneira que foi projetado e executado, no que nos dá um bom olhar em quão funcionam uma variedade de tratamentos”, disse o dr. Edward Nunes, um professor de psiquiatria clínica em Columbia, que não estava envolvido no estudo.
Nunes acrescentou: “O que o estudo mostra é que não parece importar muito que tipo de tratamento que você consegue, enquanto você conseguir uma abordagem com um bom raciocínio. A maioria das pessoas nos estudos reduziu seu consumo significativamente”.
Dr. Raymond Anton, da Universidade de Medicina da Carolina do Sul, liderou um grupo de pesquisa que aleatoriamente designou 1.383 consumidores de álcool problemáticos para um de nove grupos de tratamento. Alguns receberam a droga naltrexone, com ou sem sessões regulares de terapia; outros tomaram acamprosate, outra popular droga viciosa, sozinha ou com terapia; ainda, outros receberam pílulas quaisquer, combinadas com diferentes terapias. Todos tiveram visitas regulares com médicos, enfermeiras e membros de equipe trabalhando no estudo.
A terapia de conversa incluiu sessões de até 20 horas de duração, nas quais pessoas aprenderam a reconhecer as marcas que incitavam seus desejos, como a vista de um bar familiar, e como difundir e ignorar estar marcas. Terapeutas engajaram membros da família e amigos para ajudar, quando possível, e usaram as técnicas de 12 passos, quando apropriadas.
Depois de quatro meses, cerca de três quartos daqueles que receberam naltrexone, terapia de conversa ou ambos estavam abstêmios ou não bebiam mais do que um dois drinks por dia em média, descobriu o estudo. E estas abordagens se provaram mais efetivas do que gerenciamento médico sozinho ou tratamento com acamprosate.
Nos estudos anteriores, acamprosate tem, grosso modo, dobrado as chances de pessoas de se tornarem abstêmias, e a maioria dos médicos de vícios a consideram uma terapia útil. Os autores do estudo disseram que iriam conduzir mais análises para ver se a droga beneficiou um sub-grupo de consumidores no novo estudo.
Muitos pesquisadores esperaram que o naltrexone, o qual diminui a pressa para beber muito, e acamprosate, o qual tranqüiliza a dramática irritação da retirada, funcionam melhor juntas do que sozinhas, como pesquisa anterior sugeriu. Mesmo assim, combinar as drogas não fez qualquer diferença no novo estudo.
Tomar pílulas – quaisquer pílulas, sejam placebo ou prescritas – grandemente aumenta as chances das pessoas de frear seus hábitos, descobriu o estudo. Consumidores de álcool que freqüentaram terapias de conversa e tomaram pílulas de farinha se saíram significantemente melhor do que quem recebeu a mesma terapia sem os placebos ou drogas.
“O ato de tomar as pílulas, em si, reforça comprometimento à abstinência”, disse a dra. Bárbara Mason, do Instituo de Pesquisa Scripps, uma co-autora do estudo. Mason disse que ambas as drogas foram dadas em altas doses com muito poucos efeitos adversos e que “uma das principais descobertas do estudo foi que as drogas são seguras”.
As diferenças entre os grupos desapareceram no ano depois que o tratamento foi completado, descobriram pesquisadores: cerca de 47 por cento dos consumidores de álcool ainda tinham seu hábito sob controle, independentemente de qual tratamento haviam recebido.
“O que acontece é que, depois que o tratamento acaba, um certo número tem uma recaída”, disse Anton. “E como muitas condições crônicas, quando mais se avança, mais as pessoas recaem”.
Estendendo a distância do tratamento, de alguma forma, pode ser a melhor maneira preservar os primeiros ganhos dos consumidores de álcool, concluíram os pesquisadores.
Fonte: Último Segundo
Tratamentos médicos aliviam dependência de álcool, diz estudo
O estudo governamental amplamente antecipado está sendo publicado no The Journal of the American Medical Association
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