Sobe para oito número de mortos em programa de TV no Uruguai

A morte de uma mulher de 80 anos aumentou para oito o número de vítimas fatais da tragédia ocorrida durante a gravação de um programa de televisão no Uruguai, informaram fontes sanitárias.

Ramona Galai morreu no hospital de Paysandu, a cerca de 100 quilômetros da cidade de Young, onde na sexta-feira passada o acidente foi registrado.

Cerca de 20 pessoas foram esmagadas por uma locomotiva a vapor e dois vagões que eram empurrados por moradores de uma comunidade a fim de superar uma prova do programa “Desafio ao Coração”, cuja premiação é destinada a instituições de caridade.

Além de Ramona Galai, seis pessoas morreram no acidente, e outra ao sofrer um ataque cardíaco enquanto presenciava o acidente.

Outras dez pessoas ficaram feridas, com uma em observação médica.

As pessoas que participavam da prova pretendiam ganhar um prêmio de US$ 30 mil para entregá-lo ao hospital central de Young, cidade situada a 320 quilômetros de Montevidéu.

Para mover a locomotiva estava prevista a participação de 50 pessoas, mas esse número acabou sendo quatro vezes maior.

Dez minutos antes da hora determinada para o início da tarefa, e em meio a uma forte chuva, alguém gritou que era a hora de começar.

A maioria passou a puxar as cordas, e a locomotiva começou a avançar a uma velocidade superior à prevista.

Algumas pessoas, entre as quais crianças e mulheres, deslizaram para baixo da locomotiva.

O juiz do caso, Mario Suárez, considerou, em primeira instância, que o ocorrido foi conseqüência do “grande entusiasmo popular”, mas a partir de amanhã começará a interrogar os responsáveis pela gravação do programa “Desafio ao Coração”.

Seis das vítimas foram enterradas ao mesmo tempo neste domingo no cemitério da cidade, em uma cerimônia que contou com a presença de quase um terço dos 15 mil habitantes de Young.

Omar Lafluf, intendente do departamento (estado) de Rio Negro, no qual se encontra a cidade de Young, decretou três dias de luto e pediu suspensão de todas as atividades na região em respeito aos mortos e feridos na tragédia.

EFE