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Síndrome de Alice no País das Maravilhas afeta a percepção visual e faz pessoas enxergarem objetos com tamanho distorcido

Psicóloga explica as causas da Síndrome, que é condição rara e fala sobre as formas de tratamento indicadas.

Síndrome de Alice no País das Maravilhas afeta a percepção visual e faz pessoas enxergarem objetos com tamanho distorcido

Sindrome é bastante rara

síndrome de Alice no País das Maravilhas, também conhecida como síndrome de Todd, é uma condição neurológica rara que afeta a percepção visual e espacial de uma pessoa.

Imagine-se em um mundo onde o tamanho das coisas é constantemente distorcido, onde objetos parecem enormes ou minúsculos, e onde a percepção do tempo é completamente alterada. Esse é o mundo da Síndrome de Alice no País das Maravilhas.

Sindrome é bastante rara

“Esta síndrome recebeu seu nome a partir do personagem principal do livro ‘Alice no País das Maravilhas’, de Lewis Carroll, pois muitos dos sintomas relatados pelos pacientes são semelhantes às experiências vividas por Alice durante sua jornada no mundo fantástico”, explica Lizandra Arita, psicóloga da clínica Mantelli.

Como a síndrome de Alice no País das Maravilhas se manifesta?

Os sintomas da Síndrome de Alice no País das Maravilhas variam de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem:

  • Micropsia: percepção distorcida do tamanho dos objetos, fazendo com que eles pareçam menores do que realmente são. Por exemplo, uma mesa pode parecer do tamanho de uma miniatura
  • Macropsia: percepção distorcida do tamanho dos objetos, fazendo com que eles pareçam maiores do que realmente são. Por exemplo, uma porta pode parecer gigantesca
  • Alterações na percepção do tempo: sensação de que o tempo está passando mais rápido ou mais devagar do que o normal
  • Distúrbios na percepção espacial: dificuldade em perceber a distância entre objetos ou em se localizar no espaço
  • Alucinações visuais: visões de padrões, cores ou formas que não estão presentes no ambiente

“Essas distorções podem levar a uma sensação de desorientação e estranheza em relação ao ambiente e ao seu redor”, informa Lizandra. “Além das distorções visuais, os pacientes com essa síndrome também podem experimentar uma alteração na percepção do tempo e do espaço, sentindo que o tempo está passando mais devagar ou mais rápido do que o normal, ou que estão perdendo a noção de quanto tempo se passou”, completa.

A síndrome também pode se manifestar como uma sensação de que partes do corpo estão maiores ou menores do que realmente são, ou até mesmo uma sensação de que o corpo está se distorcendo de alguma forma, indica a especialista.

Causas da síndrome de Alice no País das Maravilhas

As causas exatas da síndrome de Alice no país das maravilhas não são totalmente compreendidas, mas acredita-se que ela possa ser desencadeada por várias condições. Segundo Lizandra, isso inclui:

  • Enxaqueca
  • Infecções virais
  • Epilepsia
  • Derrame
  • Tumor cerebral
  • Uso de drogas psicoativas
  • Transtornos neurológicos, como esquizofrenia
  • Febres altas (em crianças)

Alguns pesquisadores também sugerem que a  pode estar relacionada a alterações na atividade elétrica do cérebro, especialmente na região responsável pela percepção visual e pela interpretação do espaço e do tempo.

Tratamento da síndrome de Alice no País das Maravilhas

A condição é considerada muito rara e não há um tratamento específico para a Síndrome de Alice no País das Maravilhas, uma vez que ela é considerada uma condição benigna e autolimitada na maioria dos casos.

“O tratamento geralmente envolve abordagens para tratar a condição que desencadeou os sintomas. Por exemplo, se a síndrome estiver associada a enxaquecas, o tratamento pode incluir medicamentos para prevenir ou aliviar as enxaquecas”, diz a psicóloga.

Ela indica que a psicoterapia também pode ser útil para ajudar pacientes a lidarem com os sintomas e a reduzirem a ansiedade associada a eles. “Embora suas causas exatas não sejam totalmente compreendidas, os tratamentos estão disponíveis para ajudar os pacientes a gerenciarem seus sintomas e melhorarem sua qualidade de vida”, finaliza.

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