Rougger Guerra

Secretário do Procon-JP diz que fábricas clandestinas de carnes são “organização criminosa contra saúde pública”

Em entrevista ao Arapuan Verdade, secretário criticou fábricas clandestinas e orientou que o consumidor acione os órgãos de fiscalização mesmo quando o supermercado ou outro estabelecimento troque o produto estragado por outro em boas condições.

Linguiça, Polícia, Fábrica clandestina

Carnes eram usadas na fabricação das linguiças (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Após o escândalo de locais vendendo carnes fabricadas sem o devido cuidado sanitário em Bayeux e em João Pessoa, o secretário do Procon-JP, Rougger Guerra, declarou que o consumidor pode ajudar a identificar esses produtos irregulares. Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, nesta quinta-feira (5), Rougger orientou que o consumidor acione os órgãos de fiscalização mesmo quando o supermercado ou outro estabelecimento troque o produto estragado por outro em boas condições.

“Mais do que a atenção do Procon-JP, cabe também aos consumidores denunciarem esse tipo de situação. Ou seja, se você chegou ao supermercado, viu uma embalagem envasada de forma estranha, não correta, acondicionada no supermercado ou no açougue de forma imprópria, ou mesmo com cheiro ou coloração estranhas, não deixem de denunciar ao Procon ou às Vigilâncias Sanitárias porque nós faremos uma fiscalização que analisará não somente aquele produto, especificamente, mas todos os produtos da rede de frios de cada supermercado ou estabelecimento que comercializa esse tipo de produto”, informou o secretário do Procon-JP, ao Arapuan Verdade, como apurou o ClickPB.

Fábricas clandestinas

Rougger Guerra também comentou o caso das fábricas clandestinas com carne estragada. Ele as classificou como organizações criminosas “para a prática de crimes contra a saúde pública”.

“No que diz respeito à fábrica clandestina, ela por si só é uma organização criminosa para a prática de crimes contra a saúde pública. Então o órgão responsável para avaliar a qualidade do produto, o manuseio do alimento, formas de embalagem do alimento e, propriamente, a falsificação dessas embalagens, é tanto a Vigilância Sanitária municipal e estadual, quanto a Polícia Civil que eclodiu essa operação”, disse Rougger, como acompanhou o ClickPB.

Ainda segundo o secretário, “cabe ao Procon verificar o caminho desse produto até o consumidor final, ou seja, quais empresas, quais estabelecimentos compraram esse produto estragado, falsificado, mal acondicionado, fraudado para a revenda aos consumidores. Isso ainda está em fase de investigação, tanto pelo Procon-JP, quanto pelos órgãos de persecução penal de forma conjunta, para que a gente possa dar a resposta à sociedade e responsabilizar criminalmente, seja pelos crimes à ordem consumerista, à saúde pública e de falsidade ideológica.”

Dicas

Rougger Guerra deu dicas para os consumidores ficarem alertas sobre produtos estragados.

“Verificar cheiro e coloração do produto. Às vezes, encontramos um produto estragado no supermercado ou açougue e nós aceitamos a simples substituição daquele produto por outro sem fazer a comunicação aos órgãos de fiscalização. Na verdade, deve ser incentivado a toda dona de casa que vai ao supermercado e encontra qualquer produto impróprio para o consumo, vencido ou estragado, entre em contato com o órgão consumidor, mesmo que seja uma única peça, mesmo que o mercado tenha feito a substituição. O Procon-JP vai lá fazer uma análise criteriosa em todos os produtos postos à venda”, relatou.

Ainda segundo Rougger, o consumidor precisa verificar “se o produto está embalado de forma correta, se está vazando, se está com imperfeições na embalagem e se há o selo da Anvisa autorizando aquele produto e garantindo a qualidade dele.”

 

 

 

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