No passado, em função de doenças epidêmicas como rubéola, sarampo, varíola e outras – que hoje estão sob controle – havia um aumento sazonal das doenças, mas atualmente essa característica não está tão marcada. No outono habitual, alguns fatores podem influenciar a incidência de doenças, pois existe uma mudança da temperatura ambiente, que se torna um pouco mais fria, aumenta também a poluição do ar, pela falta de chuvas e ventos, que costumam “limpar” o ar. Assim, doenças respiratórias provocadas por poluentes, alergias e infecções respiratórias podem ser mais freqüentes. Na medida em que vai aumentando o frio as pessoas passam a ficar mais confinadas em ambientes fechados. Isso facilita a transmissão de agentes infecciosos, tais como vírus da gripe e do resfriado e a meningite meningocócica, que é transmitida por via respiratória, também tem sua incidência aumentada.
(*) Dr. Paulo Olzon Monteiro da Silva é infectologista e chefe da disciplina de Clínica Médica da Unifesp. Cremesp: 19.035. Tel: (11) 5055.3300.
DERMATOLOGIA
O que causa a queda de cabelo?
Em primeiro lugar, é importante lembrar que é normal que haja uma queda diária que varia de 50 a 120 fios. Este valor está relacionado ao próprio ciclo dos cabelos. Entretanto, existem alguns fatores que podem acentuar a queda, como por exemplo: estresse, anemias, fatores constitucionais, alterações hormonais, alterações da tireóide, dietas mal feitas (que causam déficits de proteínas e vitaminas), doenças sistêmicas como a diabete, entre outros. O fato de ter pessoas calvas na família não garante totalmente que o jovem vá perder os cabelos com a mesma intensidade. A prevenção pode ser feita conforme existam sinais clínicos que indiquem que já esteja havendo algum tipo de alteração dos fios.
Esta avaliação deve ser feita por um dermatologista, que através de exame clínico detalhado do couro cabeludo e dos fios poderá encontrar sinais que possam justificar uma intervenção terapêutica. Atualmente, dispomos de alguns tratamentos que, se não resolvem completamente, podem pelo menos retardar o processo da perda dos cabelos. Qualquer tratamento deve ser feito com acompanhamento médico, para evitar efeitos colaterais ao paciente.
(*) Dr. Francisco Le Voci, dermatologista do Hospital Israelita Albert Einstein.
PSIQUIATRIA
Por que o consumo de bebidas é o maior responsável por vítimas fatais no trânsito?
Embora tenhamos poucos estudos que relacionem o número de acidentes de trânsito ao uso de bebidas alcoólicas, levantamento realizado pelo Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo revela que 47% das vítimas fatais de trânsito, entre colisões e atropelamentos, apresentavam álcool no momento do acidente. Mesmo com uma lei restritiva ao uso de bebidas e a direção, a impunidade e a falta de percepção dos riscos é muito grande, principalmente entre os jovens. A fiscalização deveria ser imediata e a punição objetiva, o que não acontece. Então as pessoas bebem e dirigem porque sabem que não serão punidas. As vítimas, em sua grande maioria, são homens abaixo dos 40 anos. Ainda que não tenhamos estatísticas nacionais amplas, todos os trabalhos regionais apontam para a grande relação entre acidentes de trânsito com veículos automotores e o uso de álcool.
Ao beber, mesmo em pequenas quantidades, o motorista sente-se mais corajoso para dirigir mais rápido e com menos cuidados, já que diminui de forma significativa a sua autocrítica. A ingestão de uma dose de bebida destilada, desde que acompanhada de alimentos, ou uma lata de 350ml de cerveja ou um copo de vinho, não afetaria a capacidade de direção veicular. Mas são necessários programas e campanhas educativas permanentes e acompanhadas de fiscalização efetiva para levar à mudança de comportamento: o de não dirigir quando beber ou não beber quando for dirigir, da mesma forma que foi incorporado pelos motoristas o uso o cinto de segurança.
Fonte: Último Segundo
Quais doenças são mais incidentes no outono?
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