RIO – Campos terá segundo turno para decidir quem será o novo prefeito da cidade. Nas eleições realizadas neste domingo, Geraldo Pudim (PSDB), candidato do ex-governador Anthony Garotinho que havia perdido em 2004, terminou em primeiro lugar com 42,29% dos votos válidos (99.002 votos), seguido do o atual prefeito Alexandre Mocaiber (PDT), que obteve 39,99% (93.628).
Em terceiro lugar ficou Makhoul Moussalem (PT) com 10,04% dos votos válidos, seguido de Paulo Feijó (PSDB), com 7,10%.
Votaram 252.928 de um total de 300 mil eleitores. Votos brancos e nulos somaram 7,44% dos votos. Os votos de Rockfeller Lima (PFL) e Walter Junior (PV) não foram contabilizados, porque a candidatura dos dois está sub júdice. O que não descarta a hipótese da eleição ser anulada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
O segundo turno será realizado no próximo dia 26.
A nova eleição foi realizada depois de muitas tentativas de anulação. Na última sexta-feira, o Tribunal Superior Eleitoral rejeitou a última tentativa do prefeito cassado de Campos, Carlos Alberto Campista, do PDT, de impedir uma nova eleição na cidade. Ele havia impetrado um mandado de segurança para suspender a votação de domingo, mas o relator do processo, ministro Humberto Barros, indeferiu o pedido de liminar. Com a decisão, não há mais obstáculos legais para a realização do novo pleito.
O colegiado do TRE julgou e rejeitou, por unanimidade, o pedido de exceção de suspeição contra o presidente do TRE, desembargador Marlan Marinho. Com esse artifício jurídico, alguns partidos de Campos procuravam impedir que Marlan Marinho presidisse o Tribunal durante a eleição deste domingo.
Os partidos alegavam que, há alguns dias, o desembargador deu um voto de Minerva que favorecera a governadora do estado Rosinha Garotinho e o marido, ex-governador Anthony Garotinho, que possuem notório interesse na eleição.
A suspeição decorreria do fato de um irmão do desembargador Marlan Marinho estar cotado para integrar a lista sêxtupla de candidatos a desembargador do Tribunal de Justiça, que vai ser elaborada pelos conselheiros da Ordem dos Advogados do Brasil.
A eleição de 2004 acabou anulada pela Justiça após diversas denúncias de crimes eleitorais cometidos pelo prefeito cassado de Campos, Carlos Alberto Campista. Na ação, a justiça eleitoral também cassou os direitos políticos do ex-governador Anthony Garotinho, e da governadora Rosinha Garotinho, em razão de irregularidades cometidas da campanha de Geraldo Pudim, que disputa novamente a eleição. Tanto Pudim, como o casal Garotinho, conseguiram reverter a decisão no TRE.
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