O setor de Planejamento Familiar do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea) realizou 467 cirurgias de vasectomia, desde a implantação do serviço, em maio de 2007. Nesses quase três anos, 748 homens se inscreveram no programa, um volume considerado alto, segundo a coordenadora do Planejamento Familiar da instituição, Ruth Paraguaçu de Almeida.
As cirurgias de vasectomia são simples, duram em torno de 15 minutos e o paciente recebe alta em poucos minutos após o ato de incisão. “É bem mais confortável para o casal, quando o método de contracepção definitivo escolhido é a vasectomia, porque ela é rápida e sem muitos danos”, esclarece Paraguaçu. No ano de 2009, o número de vasectomias realizado foi de 155.
No Planejamento Familiar do Isea são oferecidos ainda outros métodos contraceptivos, como laqueadura tubária, aplicação de DIU’S (Dispositivos Intra-Uterinos), entrega de anticoncepcionais (comprimidos e injetáveis), além de distribuição de camisinhas masculina e feminina e espermaticidas. Para ter direito a algum método é necessário efetuar um cadastro no setor, onde palestras são feitas com as mulheres e os homens inscritos para orientá-los sobre qual método mais eficaz e interessante para cada um.
No ano de 2009, o Planejamento registrou um total de 1.670 procedimentos contando com as cirurgias de vasectomia. Foram 904 citologias, 131 DIU’s inseridos, e 168 laqueaduras tubárias realizadas. Segundo a diretora geral da maternidade, médica Francimar Ramos, o Planejamento Familiar tem sido um dos setores mais movimentados da instituição e como o crescimento tem sido observado em todos os serviços, logicamente, os efeitos também foram registrados no Planejamento.
As atendidas no local, geralmente, têm mais de dois filhos e precisam ser orientadas sobre como evitar o descontrole familiar. Nesse aspecto, o programa desenvolvido pelos profissionais do setor tem surtido bons efeitos com os métodos utilizados, sendo a laqueadura tubária a preferida pelas mulheres. De acordo com o sistema de cadastro, cerca de 80% delas têm optado pela esterilização.
“Depois de se cadastrar, a mulher passa por uma entrevista com uma assistente social e se submete a exames e consultas, médicas e de enfermagem, exigidas pelo programa”, destaca Ruth. As mulheres passam por uma triagem e só podem se submeter aos procedimentos cirúrgicos se obedecerem aos requisitos exigidos pelo Ministério da Saúde. Para ligação de trompas o MS exige que as mulheres tenham 25 anos e tenham dois filhos. O mesmo critério é exigido para os homens, que se inscrevem para vasectomia