A Paraíba tem 44% de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) reservados ao combate ao coronavírus. A ocupação chega a 50% quando considerados somente os leitos de UTI para adultos em João Pessoa e a 51% em toda a região metropolitana da Capital.
O total de leitos para o combate ao coronavírus na Paraíba é de 576 vagas, sendo 425 em enfermaria e 151 em UTI. De acordo com os dados desta terça-feira (28), a ocupação do total de leitos é de 22% (78% estão vagos).
Analisando por partes, a ocupação de enfermarias é de 14% (86% de leitos disponíveis). Já em UTI, o número de ocupação aumentou: ontem eram 38% e agora são 44% desses leitos ocupados, sendo 51% de ocupação se considerados somente leitos de adultos na Grande João Pessoa.
Pela manhã, o secretário de Saúde, Geraldo Medeiros, alertou para o risco de lotação dessas vagas e comparou com o caos que a capital do Amazonas vive atualmente com o descontrole de infectados pela Covid-19. “Não queiram que a Paraíba se torne Manaus”, declarou ele.
Segundo o secretário, “admitimos 5 pacientes de uma só vez na UTI Covid do Hospital Metropolitano ontem a noite. Dez leitos ocupados. Restam 10 leitos nesta UTI. Ainda temos 23 vagas de UTI. Estamos na vigência do pico da doença. Aquilo que prevíamos está ocorrendo. Àqueles que falavam em flexibilização, por favor aceitem as nossas orientações. Para o bem dos paraibanos fiquem em casa.”
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Hoje à TV Arapuan, o governador João Azevêdo anunciou que a Paraíba receberá, no sábado (2), 30 dos 105 respiradores que foram comprados pelo governo estadual para o combate ao novo coronavírus. Com isso, o Estado terá mais 30 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para os pacientes infectados pela Covid-19.
Mas João Azevêdo alertou que não é possível aumentar, sem limites, o número de leitos para o combate ao coronavírus e pediu consciência da população. “Por maior o esforço que a gente faça de implantação de novas UTI’s, elas poderão ser absorvidas rapidamente se a população não entender a necessidade de manter o isolamento. É fundamental para que os leitos (de UTI) ocupados – que levam em média 14 dias de ocupação e mais sete dias de leitos de enfermaria, ou seja, um paciente leva 21 dias de internação até sair curado – que esse leito possa ser reutilizado, mas é preciso que haja um tempo.”