Saúde

Órgãos ligados à Saúde divergem sobre dengue hemorrágica na cidade

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Uma diferença de interpretação entre a Vigilância Epidemiológica e médicos da Secretaria da Saúde sobre a dengue hemorrágica causam informações divergentes sobre os casos da doença na cidade como aconteceu com L.C.V. vítima do tipo mais forte da doença. Seu médico diagnosticou seu caso como dengue hemorrágica, porém a Vigilância Epidemiológica considerou o caso como dengue grave com hemorragia.

“Existe um conflito de interpretação da doença por parte da Vigilância Epidemiológica e dos critérios que são utilizados na rotina médica em relação às características clínicas, um considera como dengue grave com hemorragia e o outro como doença hemorrágica”, explicou o secretário de Saúde Renato Eugênio Macchione.

Segundo ele, a Secretaria sempre pensa no mais grave para não amenizar a situação.

Macchione confirma a declaração feita anteontem ao jornal da Jovem Pan, mas ressalta o problema de tais divergências. “Nós consideramos com a nossa interpretação clínica e a do médico que atendeu a paciente como dengue hemorrágica. Porém, na avaliação da Vigilância Epidemiológica foi considerado como dengue grave mais hemorragia”, finalizou.

Apavorada, vítima de dengue hemorrágica conta drama

“Tenho vontade de comprar uma roupa de astronauta de tanto medo que estou de ser picada e passar pelos piores dias da minha vida novamente”, desabafou L.C.V., a primeira vítima de dengue hemorrágica reconhecida pela Secretaria da Saúde de Catanduva.

De acordo com L., moradora no Jardim do Bosque, seu caso foi muito sério e quase resultou na sua morte. “Fiquei internada mais de uma semana no hospital São Domingos, foi terrível a pior coisa que já aconteceu na minha vida. Só eu e Deus sabemos o quanto sofri”, mencionou.

A vítima disse que não foi atendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e que gastou cerca de R$ 3 mil para se curar da doença.

“Só quem estava ali comigo viu o que é uma dengue hemorrágica, a minha sorte é que tenho recursos e fui muito bem assistida, mas fico a imaginar como seria para uma pessoa que não possui recursos”, alertou.

Para ela, a dengue tem que começar a ser trabalhada no frio e não esperar chegar a época de chuvas para a doença se alastrar desta maneira.

“Eu e toda a minha família estamos em pânico, mando minhas filhas para escola com repelente, passo veneno na casa o tempo todo. Se antes eu tinha cuidado, hoje tenho medo”, assumiu.

L. enfatizou que está apavorada depois do que passou e que tem vontade de arrumar sua mala e ir embora de Catanduva.

“A situação está caótica, todo mundo fala da dengue e tem um caso de dengue na família. É um absurdo o que está acontecendo”, ponderou L.C.V.


Fonte: Notícia da Manhã

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