SAÚDE

Não deixe sua prótese dentária provocar doenças

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A perda de dentes pode ser causada por cáries, doenças das gengivas e traumatismos. Quando falta um dente, o vizinho ao lado tende a mover-se para o espaço livre, gerando desequilíbrios nas arcadas dentárias. Para voltar a mastigar, falar e ficar bonito, colocam-se próteses dentárias.

Mas se as próteses forem mal adaptadas podem causar doenças bucais, como estomatite, câncer e doenças do coração. “Não realizar extrações precoces é o melhor conselho que se pode dar a quem deseja se manter saudável até a idade mais madura”, explica o dentista José Ribamar de Almeida Cerqueira.

As próteses dentárias podem ser removíveis ou fixas. A prótese removível pode ser parcial e total. As parciais removíveis são ou em acrílico ou com uma parte metálica chamada esqueleto e destinam-se a substituir um ou mais dentes. As próteses parciais removíveis em acrílico são as mais económicas e devem ser temporárias. Mas se elas começam a ficar frouxas, pode ser sinal de osteoporose, segundo Ribamar.

“Em pacientes do sexo feminino com próteses frouxas, o acompanhamento médico se faz necessário, pois isso pode ser um sinal de osteoporose, doença muito comum na mulher após a menopausa”, explica.

Para a cirurgiã dentista especializada em estética, Maria Marta Muniz, a origem genética é a principal causa de um possível câncer. Ou se o paciente não se precaver para dores agudas no local que a prótese incomoda. Mas isso depende do tipo de aparato.

“A prótese feita com câmera de sucção causa mais danos. Mas os casos se concentram em pacientes que não fazem uma boa higiene. Quando machuca, tem que tirar a resina da região para nao continuar doendo, e alí pode se desenvolver um tumor”.

As próteses totais removíveis se destinam à substituição de todos os dentes, as populares dentaduras. Os dentes são fabricados em acrílico ou em porcelana, que tem o custo elevado.

Com esse material, há maior resistência ao desgaste, além de as próteses possuirem um aspecto mais natural e não sofrerem alterações na cor com o tempo. Por outro lado são difíceis de reparar quando partem e levam a uma maior reabsorção do que resta do osso alvéolar por serem mais duros.

As próteses removíveis têm um período de vida limitado pelas contínuas alterações da boca e degradação dos materiais empregados. Nesse caso, sempre que houver possibilidades econômicas é aconselhável fazer uma suplente. Assim se evitam contratempos caso a prótese se parta.

Prótese fixa

As próteses fixas são constituídas por coroas, pontes e coroas Richmond. Esses aparatos são capas que se destinam a reconstruir a coroa natural do dente parcialmente destruído. Isso implica a existência de parte da estrutura do dente que se propõe reconstruir e ao qual será cimentada.

A prótese fixa é a opção ideal nos casos em que faltam poucos dentes, não só pelo conforto como pela estética, embora seja mais cara que a prótese removível. Quando faltam um ou mais dentes e existem dentes ao lado desse espaço, pode-se fazer uma ponte. Mas os avanços da odontologia permitem hoje uma nova opção, a coroa apoiada num implante.

Quando a destruição do dente só deixa a raiz, a coroa artificial pode ser feita com uma extensão que entra pelo canal pulpar (canal do nervo) existente no interior da raiz, a Coroa Richmond. As coroas e pontes são feitas com uma estrutura interna em metal, que lhes dá robustez e coberturas de cerâmica com a tonalidade dos dentes do paciente. Também poderão ser feitas só de metal ou só de cerâmica.

De acordo com a cirurgiã Marta Muniz, o implante é a melhor opção para quem perdeu um dente ou outro. O problema é o custo: “Hoje em dia o melhor é implante, a protese é para quem não tem condições financeiras”.

Conselhos aos portadores de próteses

Passar a usar uma prótese dentária pode trazer algum desconforto inicial durante a fase de adaptação e exige boa vontade do paciente que será naturalmente recompensado, passado este período inicial. A opção por cada tipo de prótese depende de aspectos clínicos e económicos.

Para Marta, é uma questão de adaptação do paladar. “A língua reconhece a prótese como um corpo estranho,alterando o paladar. Depois, ela pensa que é parte do organismo, é como o aparelho ortodôntico, o inicio é estranho”.

Dicas :

Nos primeiros dias é bom usar a sua prótese o maior tempo possível para que a adaptação seja mais rápida. O aparelho causará náuseas, a saliva será mais abundante, a pronúncia soará estranha. Todos estas perturbações são passageiras.

As irritações ou dores que podem aparecer nos dias seguintes não devem ser motivo de inquietação. Um simples retoque do técnico de prótese ou do dentista resolverá o problema.

Durante as refeições privilegie uma alimentação fácil de mastigar e pouco a pouco a sua eficácia mastigatória melhorará.Após cada refeição, retire a prótese e escove-a com uma escova de dentes e um produto específico (não use pasta de dentes porque contêm abrasivos). Não deixe qualquer resíduo.

Para inserir e retirar a prótese total o aparelho superior e inferior devem ser usados ao mesmo tempo, pois les estabilizam-se mutuamente. No caso da prótese parcial o aparelho deve ser inserido com as duas mãos e sem forçar. Ao princípio será mais fácil fazê-lo em frente a um espelho.

Manutenção e conservação

O melhor cuidado é deixar as próteses descansarem durante a noite dentro de um recipiente com água e detergente especial, à venda na farmácia. Caso ela se quebre, conserve todos os pedaços e leve a um laboratório o mais depressa possível.

Fonte: O Dia

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