A Fundação Nacional de Saúde (Funasa), órgão executivo do Ministério da Saúde, está investindo em saneamento para melhorar a saúde dos índios brasileiros. De 2003 até agora, a Funasa aplicou R$ 53,2 milhões em obras de abastecimento de água, esgotamento sanitário e melhorias sanitárias domiciliares (MSD) em mais de mil aldeias, beneficiando cerca de 190 mil índios. Do total, R$ 18 milhões foram repassados no ano passado.
De acordo com o presidente da Funasa, Paulo Lustosa, investimentos como esses são extremamente importantes para a saúde indígena. Essa é uma das prioridades da Funasa. Com saneamento básico, os índices de morbidade tendem a cair de forma rápida, principalmente, no que diz respeito a doenças de veiculação hídrica , explica.
O Amazonas é o estado com maior número de aldeias com MSDs (banheiro com pia, chuveiro e vaso sanitário). São 262, onde vivem 41 mil índios. Mato Grosso e Roraima contam com as melhorias em 330 aldeias. Nos dois estados, a população indígena atendida soma 36 mil pessoas. No Brasil, 261 mil indígenas habitantes de 1.272 aldeias contam com MSDs, que inclui também a construção de fossas sépticas e sumidouros (receptor dos dejetos humanos).
Mato Grosso é o estado com a maior cobertura de sistema de abastecimento de água potável. O fornecimento chega a 240 aldeias com 20 mil habitantes. Em todo o território nacional, a Funasa implantou sistema de abastecimento em 1,2 mil aldeias. Segundo o relatório do Sistema de Informação de Saneamento em Áreas Indígenas (Sisabi), a população indígena favorecida é formada por 240 mil pessoas.
Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e São Paulo são os estados onde as aldeias possuem sistema de esgotamento sanitário (rede de esgoto que distribui os dejetos até o destino mais adequado, como lagoas de tratamento e outros), o que colabora com a prevenção dos problemas de saúde de 7 mil índios.
A definição dos investimentos em saneamento para este ano depende da votação do Orçamento da União no Congresso Nacional e do planejamento das Coordenações Regionais (Cores), que estão preparando a programação de ações de saneamento em cada região.
Fonte: Gazeta Digital
Mais de RS 50 milhões é investido em saneamento nas aldeias indígenas
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