
52% da Geração Z desconhecem riscos das queimaduras solares; veja como se proteger
Uma pesquisa realizada pela Academia Americana de Dermatologia (AAD) mostrou que 52% das pessoas da Geração Z, adultos com idades entre 18 e 26 anos, desconhecem um ou mais riscos de queimaduras solares, como a probabilidade aumentada de desenvolver câncer de pele, incluindo melanoma. O verão é marcado por praia, piscina, calor e muito sol. No entanto, com tantas atividades ao ar livre, os cuidados com a pele costumam ser negligenciados, o que pode trazer sérios riscos.
Os sintomas mais comuns de uma queimadura solar variam conforme a gravidade da exposição ao sol. De acordo com o dermatologista da Hapvida, Diogo Pazzini, a vermelhidão na pele é o sinal mais característico e aparece algumas horas após a exposição. “A pele pode se tornar sensível e dolorida, especialmente quando entra em contato com roupas ou ao ser tocada. Após alguns dias, é comum que comece a descamar, indicando o processo de cicatrização”, afirma o dermatologista.
Diogo ressalta que a exposição prolongada ao sol sem proteção adequada é um dos principais fatores de risco. “Passar muito tempo ao sol, especialmente entre 10h e 16h, aumenta os riscos, principalmente para pessoas com pele clara, que têm menos proteção natural. A ausência de protetor solar, roupas adequadas ou chapéus agrava a situação. Além disso, medicamentos como tetraciclinas e isotretinoína podem tornar a pele mais sensível ao sol”, explica o especialista.
Tratamento de queimaduras
Identificar o momento certo para procurar atendimento médico após uma queimadura solar é essencial para evitar complicações. O especialista explica que casos leves podem ser tratados em casa com hidratação, compressas frias e hidratantes calmantes. Bebês, crianças pequenas, idosos e pessoas com pele sensível são mais vulneráveis a complicações causadas por queimaduras solares e devem receber atenção redobrada.
Porém, existem sinais que indicam que as queimaduras pode ser mais grave e requer avaliação médica. “Se provocar bolhas grandes e extensas, cobrindo uma área significativa do corpo, ou se houver sinais de infecção, como vermelhidão intensa, presença de pus, dor acentuada ou aumento de temperatura na região afetada. Sintomas sistêmicos, como febre, calafrios, náuseas, tontura, dor de cabeça forte ou fraqueza extrema, podem indicar uma reação mais severa do corpo e também requerem atenção médica urgente”, alerta Diogo. Outros sinais incluem desidratação, como boca seca, urina escura ou diminuição da frequência urinária.
Danos a longo prazo
As queimaduras solares podem causar danos profundos e duradouros à pele, mesmo quando os efeitos imediatos, como dor e vermelhidão, desaparecem. O dermatologista cita que a principal consequência a longo prazo é o envelhecimento precoce da pele, conhecido como fotoenvelhecimento. “A exposição excessiva aos raios ultravioleta (UV) danifica as fibras de colágeno e elastina, resultando em rugas, flacidez, manchas escuras e uma textura áspera ou irregular da pele”, aponta Diogo.
Outro impacto significativo das queimaduras solares é o aumento do risco de desenvolver câncer de pele, incluindo os tipos mais comuns, como os carcinomas basocelular e espinocelular, e o mais agressivo, o melanoma. O especialista explica que cada episódio de queimadura solar, especialmente na infância ou adolescência, aumenta essa probabilidade, já que os raios UV causam mutações no DNA das células da pele, que podem levar ao crescimento descontrolado de partículas cancerígenas.
Além disso, as queimaduras solares podem comprometer a saúde da pele ao reduzir sua capacidade de reter umidade e se regenerar adequadamente, tornando-a mais seca, fina e suscetível a ferimentos. “Por esses motivos, é muito importante proteger a pele contra os danos solares, utilizando protetor solar, roupas adequadas e evitando a exposição excessiva ao sol, especialmente nos horários de maior intensidade dos raios UV. O cuidado preventivo é essencial para preservar a saúde e a aparência da pele ao longo da vida”, conclui Diogo.