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Escorpiões e cobras lideram ataques de animais peçonhentos na Paraíba e 3.649 acidentes já foram registrados em 2020

A maioria destes episódios podem ser evitados com medidas simples como a utilização de calçados e roupas adequadas, que dificultam as investidas dos bichos venenosos.

Escorpiões e cobras lideram ataques de animais peçonhentos na Paraíba e 3.649 acidentes já foram registrados em 2020

Os acidentes são predominantes em zona rural, onde a população está mais exposta a áreas de vegetação nas quais estes animais naturalmente habitam. — Foto:Pixabay/Imagem ilustrativa

Até este mês de setembro, a Paraíba já registrou 3.649 acidentes com animais peçonhentos (serpentes e escorpiões). Os acidentes são predominantes em zona rural, onde a população está mais exposta a áreas de vegetação nas quais estes animais naturalmente habitam. A maioria destes episódios podem ser evitados com medidas simples como a utilização de calçados e roupas adequadas, que dificultam as investidas dos bichos venenosos.

Dentre os ataques mais comuns estão os de escorpiões, que lideram o ranking. Só no ano passado, foram 6.108 acidentes e este ano já somam 3.357. Em seguida estão as cobras: jararaca (228), cascavel (50) e coral (14). De acordo com o gerente operacional de Vigilância Ambiental e Núcleo de Controle de Zoonoses da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Francisco de Assis Azevedo, os acidentes com escorpiões são mais comuns e menos letais. “Raramente um acidente com escorpião precisa do uso de soro, as espécies que temos aqui são menos letais do que as encontradas em outras partes do país”, explicou.

O gerente observou que no caso das cobras a vítima tende a sofrer consequências mais graves, mas que os acidentes poderiam ser evitados com alguns cuidados. “Grande parte dos acidentes que registramos com cobras são nos membros inferiores desprotegidos como pés e pernas, os quais poderiam ser evitados com o uso de calçados altos como botas, calças jeans ou mesmo materiais de proteção mais rígidos”, afirma Assis.

Em caso de acidentes com qualquer tipo de animal peçonhento, a indicação é que seja procurada uma unidade de saúde, se possível com o animal em mãos, ou uma foto, para que seja identificada a espécie e direcionado o tratamento adequado para o paciente. “Em hipótese nenhuma devem ser utilizadas soluções caseiras, torniquetes ou sugar a lesão que está com o veneno. A pessoa que sofrer uma picada deste animal deve ficar em repouso e ser direcionada para uma unidade de saúde”, explica.

É importante lembrar que os soros estão disponíveis em unidades estratégicas para atender as três macrorregiões de saúde do Estado, e que o fluxo dos primeiros socorros nas unidades de saúde dos municípios estabiliza o paciente até a administração do soro, em caso de necessidade. “O paciente que sofre algum acidente com picada de animal peçonhento deve primeiramente ser atendido em uma unidade no município, onde serão realizados os primeiros socorros e a estabilização do paciente, para que seja avaliada a necessidade de transferência para uma unidade especializada para a administração do soro”, finaliza.

O Estado dispõe de três centros de referência para o tratamento sorológico, no atendimento aos casos mais graves, situados em Patos, no Hospital Regional Janduhy Carneiro (83) 3423.2762/2741; Campina Grande, no Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes (83) 3310.5853 – Ceatox; e em João Pessoa, no Hospital Universitário Lauro Wanderley (83) 3216.7007 – Ceatox.

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