Desde 2004, 27% dos novos casos de HIV nos Estados Unidos foram registrados em mulheres (principalmente entre as afro-americanas), segundo informações do Centro de Prevenção de Doenças dos EUA.
A conseqüência desse crescimento nos EUA e de forma global marcará o dia 10 de março como o primeiro Dia da Consciência de Crianças e Mulheres portadoras de HIV, disse Anthony S. Fauci, diretor do Instituto Nacional de Doenças Alérgicas e Infecciosas dos EUA.
“No início da epidemia, poucas mulheres eram infectadas pelo vírus HIV”, segundo Fauci. “Porém, em 2005, 46% dos adultos que viviam com HIV em todo o mundo eram mulheres. Esse número, 17,5 milhões de pessoas, representa 1 milhão de novos casos se comparado aos reportados em 2003”, acrescentou.
De acordo com o Unaids (programa da ONU para HIV/Aids), a maioria das mulheres portadoras de HIV contraíram o vírus em relações heterossexuais.
Entre as africanas e latinas, que representam aproximadamente 83% dos novos casos registrados nos EUA entre os anos de 2001 e 2004, as mulheres jovens são as consideradas “mais vulneráveis”. Durante esse mesmo período, 38% dos novos casos foram registrados em mulheres com 25 anos de idade ou menos, contra 27% encontrados em mulheres acima dessa idade.
A infecção de HIV também é diferente entre homens e mulheres – mulheres são contaminadas muito mais facilmente e desenvolvem diferentes tipos de complicações, como recorrentes infecções vaginais, segundo Fauci. O médico disse ainda que as mulheres tendem a procuram tratamento quando a doença já se encontra em estágio avançado. Ademais, o metabolismo feminino responde de forma diferente à ação das drogas antiretrovirais (que bloqueiam a capacidade do vírus de se multiplicar e podem retardar o início da doença), disse o médico.
Fonte: Folha Online
