Os casos de covid-19 em Campina Grande podem pular dos três atuais para até 760, se o isolamento social for relaxado. É o que afirma o secretário de Saúde da Paraíba, Geraldo Medeiros.
Em entrevista concedida a TV Cabo Branco na manhã desta segunda-feira (13), o secretário explicou que a Saúde trabalha com algumas estimativas, que indicam a possibilidade do surgimento de 160 a 760 casos da doença caso as pessoas voltem a trabalhar e circular normalmente na Rainha da Borborema.
“Nós teremos o pico na segunda quinzena de abril e durante o mês de maio. Qualquer atitude no sentido de retorno, de relaxamento do isolamento, ela terminará 15 dias depois em pico na incidência dos casos e de mortes. Principalmente em Campina Grande que nós temos já uma previsão de que até o dia 10 de maio, se as pessoas retornarem, teremos um pico de incidência muito elevado. Hoje nós temos só três casos confirmados em Campina, mas se a população retornar teremos um maior número de casos e de mortes. Poderemos ter de 160 a até 760 casos confirmados em Campina Grande se as pessoas retornarem e relaxarem o isolamento domiciliar”, alertou o secretário.
No último sábado, aconteceu uma reunião por videoconferência com representantes da prefeitura, do Ministério Público, da Secretaria de Saúde do município e de entidades do comércio e ficou decidido que a reabertura gradual das lojas do Centro da cidade ocorrerá a partir do dia 20 deste mês.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da cidade, Artur Bolinha, criticou a decisão e defendia a antecipação da reabertura já para esta semana. O Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Campina Grande e Região divulgou nota de repúdio a fala de Artur Bolinha, que chamou a reunião de ”circo”.
O prefeito Romero Rodrigues prometeuanunciar nesta terça-feira (14) o plano para a reabertura gradual do comércio.