A cartilha Chegou a Hora de Cuidar da Saúde, a ser lançada na próxima semana pelo Ministério da Saúde, trará informações sobre sexualidade, gravidez, menopausa, alimentação, uso de drogas, legislação e violência, além de saúde, específicas para mulheres lésbicas e bissexuais.
Elaborada pela Área Técnica da Saúde da Mulher, em parceria com o Programa Nacional de Hepatites Virais e o Programa Nacional de DST/Aids do ministério, a cartilha será apresentada durante as atividades da 10ª Parada do Orgulho de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros de São Paulo, nos dias 15 a 17. E será distribuída por organizações não-governamentais vinculadas à Liga Brasileira de Lésbicas, à Articulação Brasileira de Lésbicas e a outras entidades que trabalhem com lésbicas e mulheres bissexuais
O texto destaca, por exemplo, que as relações entre mulheres podem dar origem a doenças sexualmente transmissíveis, pelo contato entre secreções. E alerta que por ser lésbica ou bissexual a mulher não está livre de violência física, sexual ou psicológica por parte do parceiro. Segundo o Ministério da Saúde, pesquisas indicam que as lésbicas sofrem mais violência moral e psicológica que as mulheres heterossexuais, mas denunciam muito menos.
Daphne Rattner, técnica da área de Saúde da Mulher do ministério, conta que, além da publicação da cartilha, o governo federal pretende lançar um manual de queixas ginecológicas com capítulo dedicado à sexualidade das mulheres lésbicas. “Quando começarmos as capacitações para uso desse material, pretendemos que os ginecologistas também sejam treinados”, antecipa.
O manual, em fase de elaboração, não tem data para ser concluído. Outra iniciativa do Ministério da Saúde, por meio do Programa de Prevenção a DST/Aids, deverá ser a implantação, até o final do ano, de um projeto-piloto nas cinco regiões do país voltado à orientação das mulheres lésbicas.
Agencia Brasil
