Saúde

Assimetria dos seios indica predisposição a câncer, diz estudo

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Mulheres com um seio muito maior do que o outro têm mais tendência de desenvolver câncer de mama, sugere um estudo feito na Universidade de Liverpool, na Grã-Bretanha.

Os pesquisadores compararam mamografias de 252 mulheres que posteriormente desenvolveram a doença com as de um número similar de mulheres que permaneceram saudáveis.

Para cada 100 ml de diferença entre os dois seios, há um aumento de 50% nas chances de uma mulher ter câncer de mama, dizem os cientistas, que publicaram as suas conclusões no jornal médico Breast Cancer Research.

As voluntárias que participaram do estudo tinham seios de em média 500 ml.

Eles alertam, no entanto, que a diferença no tamanho dos seios é apenas um fator de risco e que apenas uma proporção muito pequena de mulheres tem seios absolutamente simétricos. No estudo, apenas uma tinha seios do mesmo tamanho.

“A assimetria dos seios não deve ser considerada isoladamente, é importante considerar todo o perfil de risco de uma mulher”, escrevem os pesquisadores no jornal médico.

Simetria saudável

Como na maior parte dos seres vertebrados, o corpo humano tende à simetria bilateral. No entanto, fatores como secreção hormonal irregular podem alterar uma simetria perfeita.

Por causa disso, os pesquisadores acreditam que a assimetria seja um sinal de que há algo errado com o desenvolvimento do corpo.

Estudos anteriores já demonstraram que os seres humanos buscam a simetria inconscientemente. Pessoas com feições ou membros simétricos são freqüentemente consideradas mais atraentes.

“Seios assimétricos podem se revelar como indicadores confiáveis de doenças no seios no futuro e esse fator deve ser considerado quando se traça o perfil de risco de uma mulher”, afirmam os autores do estudo.

Mais pesquisas

Mas a representante da ONG Breast Cancer Care Marua Leadbeater ressalvou que é necessário fazer mais pesquisas para determinar se existe de fato uma ligação entre a simetria e câncer de mama.

“Existem muitas causas pelas quais os seios são assimétricos, e para muitas mulheres ter um ligeiramente diferente do outro é perfeitamente normal”, disse Leadbeater.

Ela alertou, no entanto, que um aumento na diferença entre os seios deve ser considerado preocupante e, ao percebê-lo, a mulher deve consultar um médico.

O professor de exames da ONG Cancer Research UK Stephen Duffy também confirmou que uma ligeira maioria, cerca de 51%, dos casos de câncer afetam o seio esquerdo, que costuma ser maior.

Ainda assim, Duffy disse que o aumento é muito pequeno e, ao menos por enquanto, o fator não deverá ser levado em conta em exames.

“Esse aumento é pequeno se comparado com outros fatores de risco, como a densidade do seio. Portanto, não há implicações imediatas para a prevenção ou a realização de exames.”

BBC Brasil

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