Superação

Após cura, vítima de câncer de mama relata experiência em livro

Hoje, Alana Baggioto está curada e transformou a sua ‘vitória’ em livro para incentivar outras pessoas a não desistirem da vida

Após cura, vítima de câncer de mama relata experiência em livro

Um livro para incentivar outras pessoas a não desistirem da vida - Disse Alana Baggioto — Foto:Walla Santos

Fotos: Walla Santos

“Minha primeira reação foi recorrer a Deus. Foi pedir muita sabedoria e força ao senhor para lidar com esse desconhecido tão íntimo que estava instalado no meu corpo”, esse foi o primeiro pensamento da agente penitenciária, Alana Baggioto, quando recebeu o diagnóstico de câncer de mama. Hoje, Alana está curada e transformou a sua ‘vitória’ em livro para incentivar outras pessoas a não desistirem da vida.

Sob o título “Rompendo a Barreira do Invisível”, a publicação de Alana Baggioto relata todo o processo que viveu a partir do diagnóstico da doença até a cura. Alana descobriu a doença durante um auto exame. “Eu costumava fazer o auto exame de maneira esporádica e em uma noite, deitada em minha cama, senti um pequeno nódulo muito duro e imóvel”. O diagnóstico de carcinoma ductal infiltrante grau III, ou seja, um câncer de mama muito agressivo, em que as células tendem a crescer e a se espalhar de forma mais desordenada, veio no mês de agosto de 2015. 

Segundo a funcionária pública, após recorrer a Deus, o segundo passo foi procurar, imediatamente, a ajuda de mastologistas e de um cirurgião plástico. “Queria arrancá-lo de mim o mais rápido possível e fazer uma reconstrução, logo após a mastectomia (a remoção radical da mama)”, explicou Alana, lembrando que o diagnóstico precoce da doença e o tratamento dentro do prazo estipulado pelos médicos foram fundamentais para a cura, mas sem descartar o acompanhamento médico preventivo para o resto da vida.    

“Quando fiz os exames pré-cirúrgicos e recebi a notícia de que o câncer estava só na mama, com apenas 2,5cm, e sem metástase, eu me aliviei porque, graças a Deus, o câncer estava só na mama e era só tirar e continuar vivendo”, relatou Alana Baggioto, acrescentando que encarou o câncer como um freio que a vida estava lhe dando aos 32 anos de idade. “Achava-me muito jovem para encarar um câncer”.

De acordo com Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), as mulheres são mais propensas a desenvolver a doença a partir dos 50 anos. No entanto, o número de casos de câncer de mama em mulheres jovens aparentemente está crescendo em todo o mundo. 

Causas – Sabe-se que atualmente, o câncer de mama tem atingido mulheres cada vez mais jovens, tudo isso devido a qualidade de vida que muitas tem optado. Existe uma junção de estresse, excesso de medicamentos, alimentação pobre, sedentarismo e falta de vitamina D, e em alguns casos a predisposição genética. “No meu caso, nem minha mãe, avó ou tias desenvolveram o câncer de mama, não quer dizer que elas não tenham algum tipo de mutação genética, possa ser que possuam, mas seus hábitos foram muito diferentes do meus, o que pode ter despertado aos meus 32 anos, essa desordem celular que é o câncer”.

Superação – No livro “Rompendo a Barreira do Invisível”, Alana fala dos medos, desafios, fracassos e vitórias de quem precisou passar por um tratamento de quimioterapia e seu exemplo de superação. “Tive momentos de angústia, momentos de fracasso, mas nunca me senti uma mulher fracassada”, garantiu Alana, dizendo que aceitou a doença e a encarou como uma consequência de tantos maus hábitos que eu havia desenvolvido nos meus últimos anos.

Segundo Alana, desde que sua filha nasceu, sentia muita dificuldade em conciliar todas as minhas funções de mãe, dona de casa, funcionária do Estado e esposa. Toda a correria do dia a dia lhe empurrava para um estilo de vida cheio de estresse, fast food e sedentarismo. “Por isso fui resignada, mas confiante de que venceria, firmei a minha fé em Deus e escrevi um livro, para que o nome do Dele seja grandemente exaltado em minha vida”, explicou ela, ressaltando que em nenhum momento encarou o tratamento como um processo de cura, mas sim “amor de Deus”.

“Para mim, a quimioterapia vermelha foi mais exaustiva e angustiante, pois por se tratarem de medicamentos fortes, eles me causaram muita fadiga e falta de apetite, sem contar que foi alguns dias após a primeira sessão que meus cabelos começaram a cair, o que me entristeceu um pouco”, disse Alana que dedicou os seis meses de tratamento, empenhada na realização desse livro, que pretende levar uma mensagem positiva de fé, força e superação para quem está enfrentando o câncer de mama ou para quem está convivendo com alguém acometido pela doença.

O livro “Rompendo a Barreira do Invisível”, de Alana Baggioto, será lançando em João Pessoa, no próximo domingo (23), às 17h30, na Primeira Igreja Batista do Cristo Redentor. “Escolhi especialmente o mês de outubro por ser o mês de conscientização do câncer de mama. Uma importante oportunidade de dividir tudo o que eu aprendi”, finalizou. 

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