Saúde

Ações de prevenção e saúde nas escolas estaduais

A partir deste mês, Alagoas estará dando um passo adiante no trabalho de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis e à AIDS

A partir deste mês, Alagoas estará dando um passo adiante no trabalho de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis e à AIDS. Após participarem de uma reunião promovida pelos Ministérios da Educação e da Saúde, em Salvador, representantes das Secretarias Executivas de Saúde (Sesau) e Educação (SEE) e Especializada de Defesa e Proteção das Minorias (Sedem), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), da Secretaria Municipal de Saúde e da ONG Acorde formaram um grupo gestor responsável por articular e promover ações do Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas.

As atividades têm início com reuniões junto às Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) e secretários de educação e saúde dos seis municípios que serão contemplados nesta primeira fase. A comissão já apresentou ao secretário adjunto da SEE, professor Roberto Jorge Vasconcelos, a proposta do trabalho que será desenvolvido.

“Vamos dar às ações um caráter integrado, uma vez que cada uma das instituições que compõem o grupo já desenvolve um trabalho na área”, explica Bia Quirino, gerente do Projeto de Ação Cultural e Saúde da SEE (Pacs/SEE). Além dela, o encontro contou ainda com a presença de representantes da Secretaria Especializada da Mulher, e do professor Jorge Luís Riscado, que coordena projetos voltados à prevenção da Aids na Ufal, com atenção especial a alunos de origem africana.

Ações – O calendário de atividades do Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas já foi montado. As reuniões com os municípios acontecem de 26 deste mês a 11 de maio. A partir dessas discussões, serão definidas as escolas a serem atendidas e os professores que participarão das oficinas. “Os educadores atuarão como multiplicadores nas suas unidades de ensino. Por isso, alertaremos que eles devem ter um perfil que facilite lidar com as questões”, esclarece Bia.

Os municípios que implantarão o projeto inicialmente foram escolhidos de acordo com o perfil epidemiológico, fornecido pela Sesau. São eles: Rio Largo, União dos Palmares, Maragogi, São Miguel dos Campos, Marechal Deodoro e Porto Calvo. Em cada cidade serão realizadas oficinas com cerca de 30 educadores, abordando temas como sexualidade (conhecimento do corpo, homofobia, violência, identidade de gênero, orientação sexual e direitos humanos), prevenção às drogas e arte e saúde. Cada temática terá uma abordagem com duração de 16h.

“No caso da arte e da educação, apresentaremos técnicas de dramatização, orientação quanto à construção de roteiros teatrais, a fim de que a atividade artística seja utilizada como ferramenta educativa”, conta Bia Quirino. Na opinião da gerente, quando um assunto polêmico é abordado pelo teatro, por exemplo, é assimilado mais facilmente pela juventude – como é o caso da DST/Aids e vulnerabilidades como gravidez na adolescência, drogas e violência.

Ao final de cada módulo, os participantes terão a tarefa de elaborar um plano de ação para trabalhar os assuntos discutidos nas unidades de ensino. A idéia é que a iniciativa estimule a criação de Núcleos de Promoção à Saúde nas Escolas. Outra ação prevista com a implantação e fortalecimento dos núcleos é a disponibilização de preservativos nos próprios estabelecimentos escolares, o que ainda é considerado um tabu.

As atividades do projeto nesses municípios acontecem até dezembro, mas a expectativa é que outros sejam incluídos, expandindo e fortalecendo as ações integradas de prevenção e saúde nas redes públicas de ensino.

(Ascom SEE)

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