
Ringson Toledo. (foto: reprodução/redes sociais)
O diácono da Ringson Toledo, da Arquidiocese da Paraíba, comentou nesta terça-feira (22) sobre a importância do papa Francisco para a comunidade Cristã. Como observou o ClickPB, em entrevista ao programa Arapuan Verdade, da rádio Arapuan FM, o diácono pontuou a necessidade da igreja católica voltar às origens.
“Eu reputo mais importante é de que o cristianismo de um modo geral. E isso não inclui apenas os pertencentes a igreja católica, mas a comunidade cristã de um modo geral precisa voltar às suas origens, precisa voltar as fontes, precisa reler os atos dos apóstolos”, disse o diácono em entrevista ao radiofônico.
Segundo Ringson, para isso é preciso “compreender que o cristianismo não é uma estrutura que inicialmente começou por exemplo, dentro de espaços religiosos grandiosos, como basílicas ou igrejas. O cristianismo começa nas casas e nas catacumbas”.
Época da pandemia
Como exemplo ele citou o período da pandemia, onde devido as restrições sanitárias celebrações não puderem ser realizadas dentro de templos. Tal ação deixou alguns fiéis insatisfeitos, porém segundo Ringson é preciso lembrar que o cristianismo começou dentro da ‘domus‘ ou seja, dentro das casas, e não na igreja em si.
“A palavra Domus é expressão latina é o cristianismo que começa na casa, é o cristianismo que partilhava a palavra, também dividia o pão, mas antes de dividir o pão, dividia a palavra. Então na pandemia, ninguém foi proibido de ler a palavra e rezar em cima da palavra”, pontuou.

“Então a principal mensagem que Francisco passa para o Cristianismo é que é preciso começar a recuperar aquilo que é essencial e o essencial é preciso voltar as origens e onde é que tá as origens, um indicativo muito concreto, repito é ler os atos dos apóstolos, recomeçar e perceber que muitas das coisas, muitas das características, dos elementos que se foi agregando com o período das história, tudo bem tem sua importância, tem seu valor, mas fundamentalmente é preciso rezar em comunidade, rezar em cima da palavra, partir o pão e perceber quem tem entre nós necessitados para que não haja mais entre nós, eu penso que essa é a principal mensagem que o papa deixa”, falou, como observado pela reportagem.
Figura do papa
Questionado sobre o que a figura do papa representa tanto de vista prático quanto administrativo para as questões de ser o maior líder da igreja católica, o diácono disse que significa que o papa é “primeiro entre os iguais”.
“É o ponto referencial de unidade da igreja, principalmente para igreja católica mais especificamente. Obviamente que aí há todo um relance histórico, a partir de Pedro, quando Jesus o escolhe mesmo com as suas incoerências humanas para que ele seja o primeiro entre os iguais, e Francisco assumiu muito isso”, pontuou.
“Então a figura do papa é a figura de quem preside a igreja na caridade. Ele é a cabeça do colégio episcopal dos bispos, é a referência do ponto de vista da unidade da igreja, porque é preciso compreender que a igreja é um corpo. Obviamente que a cabeça é Cristo”, falou.
“É a figura de um chefe de estado (…) mas do ponto de vista da perspectiva pastoral e teológica é a figura da caridade na igreja, que preside na caridade, a diversidade”, disse.
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