
Prefeita Karla Pimentel pagou mais de R$ 70 mil em aluguel por espaço abandonado.
Ao que tudo indica a Prefeita da cidade do Conde, Karla Pimentel, vai ter muita coisa para explicar as autoridades sobre sua viagem de férias à Argentina. Desde que o caso veio a tona, uma narrativa confusa e cheia de pontas soltas deu munição suficiente para que os vereadores de oposição da cidade exijam uma CPI para investigar o caso.

De acordo com a vereadora, Monique Marinho, a CPI só não foi instalada ainda porque falta uma assinatura. São necessárias quatro assinaturas, mas a bancada de oposição à prefeita é composta apenas por três vereadores. A prefeita é suspeita de improbidade administrativa e peculato, o que poderia render até na perda de mandato.
As irregularidades em torno da viagem são muitas. Para começar, a prefeita não se licenciou da função para viajar e como já foi divulgado pelo ClickPB, há até documentos oficiais assinados por ela nas datas em que nem no país a gestora estava. Quando se trata de viagem ao exterior, o gestor precisa se licenciar, independente de por quantos dias ele se ausente.
No momento, segundo a vereadora, a principal dúvida e que está sendo investigada é: afinal, quem pagou as passagens? Isso porque a gestora declarou que as passagens foram pagas com recursos do próprio bolso. Entretanto, se fosse realmente uma viagem institucional, como ela alega, as passagens também deveriam ser custeadas pelos cofres públicos. “Ela colocou no empenho que essa viagem era institucional”, reforçou a vereadora.
Outra questão é: qual é realmente o motivo da viagem? A prefeita não divulgou agenda institucional na Argentina, não revelou a realização de nenhuma reunião, encontro ou evento que pudesse ter alguma relação com questões administrativas da cidade. Nas fotos, a gestora aparece na companhia de Erika Nicole Luna Camelo e Patrícia Sales Farias, funcionárias da Prefeitura.
O vereador Eduardo Cassil, afirmou que diante das novas provas que surgiram ontem sobre o pagamento das diárias da prefeita e de sua secretária adjunta, além de uma médica que também trabalha na prefeitura, o pedido de CPI é imprescindível. Mas mesmo que a oposição não consiga o número suficiente de assinaturas, a prefeita ainda vai precisar se explicar. “Vamos protocolar também no Ministério Público, no Tribunal de Contas, Gaeco e na Polícia Federal”, adiantou o parlamentar.