O vereador de Alhandra, Jeremias, está prestes a perder o seu cargo na Câmara Municipal devido a uma condenação criminal transitada em julgado. De acordo com informações recebidas pelo ClickPB e veiculadas também no programa Arapuan Verdade, da rádio Arapuan FM, após a condenação a Câmara de Alhandra instaurou um processo de extinção do mandato de Jeremias Nascimento dos Santos.
Nesta terça-feira (26), a juíza Daniere Ferreira de Souza negou liminar do vereador que queria suspender o processo de extinção de seu mandato. Com essa decisão e o processo criminal transitado em julgado, o processo de extinção do mandato de Jeremias deverá continuar correndo até sua conclusão. Segundo documento obtido pelo ClickPB, a suplente do cargo, Regiane dos Santos, já foi comunicada da possível abertura de vaga que poderá assumir. Também foi aberto prazo de dez dias para que o vereador Jeremias fizesse sua defesa no processo de extinção de seu mandato. Porém, o vereador perdeu o prazo para recurso na Câmara e defesa no processo.
A perda dos direitos políticos do vereador Jeremias foi solicitada devido a condenação criminal transitada em julgado. O vereador havia sido acionado judicialmente pelo prefeito de Alhandra, Marcelo Rodrigues da Costa, sob acusação de calúnia e injúria. Na queixa-crime oferecida contra Jeremias, Marcelo relata que no ano de 2015 foi alvo de agressão verbal e teve sua honra, imagem e reputação agredidas por Jeremias durante exibição de programa de rádio. Jeremias teria chamado o prefeito de ladrão, ridículo, imbecil e palhaço.
Ao fim do processo, o vereador Jeremias foi condenado a uma pensa de dois anos e três meses de detenção e 80 dias-multa em regime inicial aberto. Posteriormente a pena foi substituída por duas restritivas de direito na modalidade prestação de serviços à comunidade e prestação pecuniária, no valor de um salário-mínimo.
Mandato turbulento
O mandato do vereador Jeremias é bastante “movimentado” e cheio de debates acalorados no plenário e fora dele. Em agosto de 2021, o vereador Jeremias usou a tribuna para disparar falas de intolerância religiosa contra colegas vereadores e contra o deputado Branco Mendes. Ele chegou a dizer que Branco Mendes “entregou a alma ao cão. Odeia evangélicos. O deputado Branco Mendes, quando vereador em Alhandra tomou banho de 20 litros de sangue de bode”.
Já em março de 2021 o vereador ganhou repercussão por criticar o fechamento de igrejas durante a pandemia enquanto que os cabarés estariam abertos normalmentel. Ele chegou a dizer que “comenta-se que lá no Cabaré está funcionando a todo vapor. É de descer o suor. Eu não sei onde está o distanciamento dentro de um cabaré, de uma zona de um prostíbulo”.
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