Política

Túmulo de João Paulo II é visitado como um santuário

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O túmulo sombrio de João Paulo II, localizado em uma cripta da Basílica de São Pedro, tornou-se há um ano um santuário para milhões de católicos de todo o mundo que aguardam sua rápida beatificação.

Diariamente, o túmulo recebe entre 15 mil e 20 mil fiéis de todas as nacionalidades, enquanto nos fins de semana e feriados essa cifra pode chegar a 25 mil, segundo um dos responsáveis pelas criptas, onde, segundo a tradição, foi sepultado São Pedro, fundador da Igreja, há quase dois mil anos.

O túmulo de mármore branco emociona os visitantes, muitos deles turistas. Segundo estimativas oficiais, a maioria vem dos Estados Unidos, China e Japão. Muitos peregrinos depositam flores, medalhas, fotos, rosários, e cartas aos pés da sepultura, em sinal de amor e devoção ao “Papa Wojtyla”.

“Embora tenha morrido, nosso Papa estará sempre em nossos corações, e agora cabe a nós colocar em prática tudo aquilo que ele nos ensinou por meio de seus escritos”, comentou uma jovem freira italiana.

Dois guardas do Vaticano impedem que os visitantes parem por mais de três minutos diante do túmulo, devido ao tamanho da fila de espera. “Tenho um grande amor pelo Santo Padre, e sua visita ao meu país em 2003 reforçou minha vocação”, comentou o espanhol Antonio Vallejo. “A Basílica de São Pedro não deixa de ser um monumento, certamente espetacular, mas o túmulo do Papa é onde estão os restos de uma pessoa que transmitiu todo o amor possível”, acrescentou.

Apesar de ser proibido fotografar o local, tanto religiosos quanto leigos usam o telefone celular para obter uma relíquia do pontífice mais popular e midiatizado da História. A austeridade do túmulo, localizado na cripta abaixo do principal altar da basílica, gera cenas de devoção, as quais confirmam que João Paulo II foi um dos pontífices mais queridos da Igreja.

Coberto por uma simples lápide de mármore branco com a inscrição “Ioannes Paulus PPII” e o período de seu pontificado, o túmulo contrasta com as sepulturas imponentes de outros pontífices, como Pio XI (que morreu em 1939) e Bento XV (1922).

O túmulo do Papa polonês deverá continuar sendo motivo de múltiplas peregrinações de católicos depois que ele for proclamado santo. Em 13 de maio de 2005, seu sucessor, Bento XVI, iniciou o processo de beatificação, sem aguardar os cinco anos requeridos pelo direito canônico após a morte do Papa.

“As pessoas que fazem tantas filas para visitar a basílica, que aguardam ansiosas pelo momento de ficar diante do túmulo do Santo Padre, sabem que, para um verdadeiro católico, aproximar-se da sepultura significa aproximar-se da pessoa que lhes deu força e amor por tantos anos. Porque o Papa Wojtyla continua vivo, embora já não esteja conosco. Continua vivo em nossos corações”, explicou a religiosa italiana.


AFP

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