Em razão de uma dívida de cerca de R$ 50 milhões, a Telemar decidiu suspender os serviços prestados ao governo do Estado do Rio de Janeiro. O corte começou a interromper neste domingo o sistema de transmissão do Proderj (Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Rio de Janeiro) com as secretarias e órgãos da administração.
O Proderj é o órgão responsável por todo processamento de dados do governo, inclusive os da folha de pagamento do funcionalismo. Os 460 mil servidores, porém, não correm o risco de ficar sem o contracheque, que são emitidos por computadores da Uerj.
A interrupção vai paralisar aos poucos serviços que dependem da Rede Governo, como as delegacias legais. Será possível registrar uma ocorrência policial, mas não verificar se uma pessoa tem antecedentes criminais.
O portal do governo na Internet também deverá ser afetado, impedindo serviços como o correio eletrônico, utilizado por cerca de 8 mil usuários. A Telemar garante que o corte não atingirá orgãos essenciais, como hospitais e escolas.
A notificação do corte foi feita na sexta-feira pela Telemar, depois de várias tentativas de negociação com o Estado para liquidar a dívida, que compreende débitos desde 2002.
A presidente do Centro de Tecnologia do Estado, Tereza Porto, garantiu que dificilmente o corte da conexão vai paralisar toda a rede porque existem circuitos alternativos ao da Telemar. “Esperamos resolver o problema na semana que vem”, diz Tereza.
Estado deve também à Light
Esta não é a única dívida pendente do estado. A Uerj deve R$ 9.904.459,31 à Light, que ameaçava deixar os campi às escuras.
Semana passada, a governadora Rosinha Garotinho liberou R$ 4.471.975 para diminuir o débito. O cobertor curto do Estado ficou ainda menor no início de abril, quando a governadora ordenou a redução de 25% nas despesas mensais de manutenção e custeio em todos os órgãos estaduais. A meta é economizar R$ 480 milhões até dezembro para adequar-se à Lei de Responsabilidade Fiscal.
O Dia
