Política

Soja reduz riscos cardiovasculares

Muito popular no Oriente, onde seus benefícios à saúde são conhecidos há milênios pelos chineses

Muito popular no Oriente, onde seus benefícios à saúde são conhecidos há milênios pelos chineses, a soja demorou a conquistar os ocidentais. Ainda hoje, no Brasil (o segundo maior produtor mundial), o ingrediente freqüenta a cozinha basicamente em forma de óleo.

Para Alan Davidson, autor de “The Penguin Companion to Food”, a razão é simples. Enquanto na China, no Japão e em outros países do Sudeste Asiático a soja é historicamente processada para dar origem a inúmeros produtos, na Europa e na América somente em meados do século 20 foram desenvolvidas alternativas de consumo ao grão de sabor amargo e de difícil cocção.

Atualmente difundidos pelo mundo, a maioria dos derivados de soja continua subutilizada no Ocidente -uma exceção é o óleo, que representa 89% do consumo de óleos vegetais no Brasil, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O farelo é empregado na alimentação animal, enquanto a farinha, a proteína texturizada de soja (PTS, ou carne de soja), o leite de soja, o tofu (queijo) e os grãos torrados são opções de alto valor protéico procuradas por pessoas que baniram a carne da dieta. Já o missô (pasta de soja) e o shoyu (molho) são empregados como tempero na culinária oriental.

“Tempos atrás, pensava-se que a proteína de soja era inferior à de origem animal, mas hoje se sabe que ela fornece uma mistura completa e balanceada de aminoácidos essenciais”, diz Vera de Toledo Benassi, pesquisadora da área de soja na alimentação da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

Da mesma família do feijão e da ervilha, a soja é riquíssima em proteína -38% de sua composição, a maior porcentagem entre todas as plantas-, gordura e fibras, além de conter vitaminas e minerais, como ferro. Desde 1999, o FDA (órgão do governo norte-americano que regula medicamentos e alimentos) admite que o consumo diário de 25 g de proteína de soja (cerca de 60 g de grãos ou farinha) reduz riscos de doenças cardiovasculares. “O melhor é distribuir essa quantidade em pelo menos duas porções diárias, para manter os níveis adequados no organismo”, afirma Benassi.

Outros benefícios do grão ainda estão sendo estudados, como a ação das isoflavonas, um fito-hormônio que pode atuar como antioxidante, reduzindo as taxas do colesterol LDL no sangue e equilibrando a quantidade de estrógeno no organismo feminino. Se sua ação for comprovada, a soja poderá ser usada para amenizar os sintomas da menopausa.

Fonte: Folha Online

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