O senador Pedro Simon (RS) pode abrir mão de sua candidatura à Presidência até amanhã, caso a Justiça Federal não conceda o pedido para que a convenção de seu partido, o PMDB, retorne à data original, prevista para o dia 11. Uma manobra dos chamados “governistas” do partido conseguiu remarcar a data para o dia 29, o que praticamente inviabiliza o lançamento de candidatura própria da legenda para as eleições de outubro.
Os defensores da tese têm pelo menos duas ações na Justiça em Brasília em uma tentativa de reverter a convenção para sua data original, que podem ter resultado entre hoje e amanhã. O senador Simon, que está em Porto Alegre, reunido com a cúpula do PMDB gaúcho, já marcou uma declaração pública para amanhã, às 17h, na capital do Rio Grande do Sul.
Caso a Justiça não dê um resultado favorável aos defensores da candidatura própria, o senador pode anunciar que vai abrir mão de postular a indicação do partido para a Presidência.
Dentro do PMDB, a bandeira da candidatura própria já perdeu força até entre seus principais integrantes e hoje, a principal discussão dos integrantes da legenda será para qual partido pender em outubro: o PSDB ou PT.
O PT tem mostrado bastante iniciativa: na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, virtual candidato à reeleição, teve um encontro com o ex-governador Orestes Quércia, do PMDB paulista. Hoje, Lula deve se reunir com os principais interlocutores do chamado grupo governista do partido para um jantar na residência oficial da Granja do Torto.
Fonte: Folha Online
