Política

Serra aparece, evita criticar polícia e discutir com Lula

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O pré-candidato do PSDB ao Palácio dos Bandeirantes, José Serra, apareceu publicamente ontem pela primeira vez após a crise na segurança desencadeada pelos ataques da facção criminosa PCC a policiais, bancos e ônibus no Estado.

Ele disse que não iria “bater boca” com o presidente Lula e não quis comentar a ação repressiva da Secretaria Estadual de Segurança Pública, comandada pelo PSDB, no combate ao PCC. “A secretaria vai falar no momento oportuno.”

O ex-prefeito pediu união. “Não quero bater boca. A gente precisa somar, ser sócios do governo federal, do estadual, da sociedade, das prefeituras, para poder enfrentar essa situação de maneira consistente. É um problema demasiado grave para se levar na base do jogo de empurra ou de figuração, de marketing ou algo assim.”

Serra esteve no show do cantor e compositor Luiz Melodia, no parque da Independência, parte das atrações da Virada Cultural. Ele estava acompanhado da filha Verônica e do prefeito Gilberto Kassab (PFL), seu sucessor.

O pefelista também não quis polemizar com o Lula, segundo quem a Prefeitura de São Paulo em 2005, por razões políticas, não soube aproveitar ajuda federal para um programa de auxílio a jovens da periferia.

De acordo com Kassab, a administração municipal vai trabalhar em parceria com o governo federal na questão.

Alvo de críticas de Cláudio Lembo (PFL), Serra disse que conversará com o governador para que ele seja o elo entre as diferentes esferas de poder no combate ao crime organizado.

No Rio

Já o prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL), ironizou as declarações de Lula ontem em São Paulo. “Uma hipótese que tem que se testar é se Lula tinha bebido uma branquinha antes de falar tanta besteira”, disse.

O petista afirmou que o Rio recusou auxílio federal para um programa educacional de apoio aos jovens carentes.

Segundo a Secretaria de Assistência Social do Rio, houve 50 mil inscrições para o programa federal, 12 mil alunos da rede municipal já estão matriculados e outros 30 mil se integrarão a partir de hoje.

“O governo já nos pagou todo o convênio. Talvez Lula não saiba que a entrega dos computadores está seis meses atrasada. O grande erro do programa é o centralismo”, afirmou o secretário Marcelo Garcia.

Hoje, a cúpula do PFL estará em São Paulo para visitar Lembo. Os pefelistas também se encontrarão com Geraldo Alckmin, pré-candidato a presidente. No sábado, o tucano teve longa conversa com Lembo, por telefone, para tentar pôr fim à crise entre os dois partidos após os ataques do PCC.

Fonte: Folha Online

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