Política

Secretária do trabalho diz que escravidão é realidade no Brasil

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A Secretária de Inspeção do Trabalho, que coordena a “campanha de luta contra o trabalho escravo”, Ruth Beatriz de Vasconcelos, afirmou hoje que apesar dos esforços do governo Lula a escravidão continua sendo uma “vergonhosa realidade” no país.

“O Brasil é um país rico com bolsas de pobreza nas quais se vive muito abaixo do nível de tolerância aceitável por um Estado de direito”, declarou Vasconcelos, que realiza uma visita de trabalho à Alemanha por convite da Fundação Friedrich Ebert.

A ministra da Cooperação da Alemanha, Heidemarie Wieczoreck-Zeul quis expressar o apoio à luta contra a escravidão. “Faremos todo o possível para contribuir com a erradicação do trabalho forçado no Brasil”, disse.

A ministra alemã lembrou que no setor de móveis existe o selo “Forest Stewardship Council” (FSC), que garante uma gestão sustentável de florestas e direitos fundamentais trabalhistas.

Vasconcelos disse que o trabalho forçado é uma das faces mais tenebrosas da pobreza, pois nega a existência do ser humano.

“Os escravos são seres invisíveis, nascem sem certidão de nascimento e morrem sem o documento de óbito”, afirmou.

Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), pelo menos 12,3 milhões de pessoas trabalham atualmente no mundo em regime escravo.

Sem mencionar números, Vasconcelos disse que o governo Lula está determinado a dar fim a esta ‘vergonha nacional’.

Entre as medidas de erradicação adotadas, está a elaboração e divulgação de uma relação de empresas e fazendas nas quais os inspetores de trabalho detectaram focos de trabalho forçado.

Este cadastro inclui atualmente 159 pessoas físicas e jurídicas. A permanência na “lista suja”, que é atualizada semestralmente, é de dois anos.

“Estar na relação é ficar exposto ao julgamento público”, declarou Moretti. Eçle afirmou que a lista serve para pedir que as pessoas deixem de consumir determinados produtos.

Desde o final dos anos 90 foram detectados, além das 159 pessoas físicas e empresas citadas anteriormente, 1.500 propriedades rurais, na maioria latifúndios mecanizadas, com trabalhadores escravos.

Vasconcelos disse que a maior parte das propriedades está no norte e no centro-oeste do país, regiões que coincidem com o mapa da escravidão, eminentemente agrícola, combatido pelo presidente Lula.

Segundo a inspetora do trabalho, foram libertados 5.893 trabalhadores escravos entre 1995 e 2002 e 12.405 pessoas foram tiradas desta situação desde 2003.

Fonte: Folha Online

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