Exclusivo – Reservado ao silêncio de semanas, o senador Ney Suassuna (PMDB) coleciona desde o resultado final das eleições provas do que chama da imperdoável deslealdade que sofreu da cúpula do PMDB na Paraíba, em especial do senador José Maranhão, e dos irmãos Veneziano Vital do Rego, prefeito de Campina, e Vital do Rego, deputado federal eleito, durante a campanha.
Esta semana, o portal ClickPB teve acesso a uma das mais contundentes das provas: adesivos confeccionados durante a campanha anunciando suposta candidatura do deputado Vital do Rego Filho a senador bem no auge do escândalo das sanguessugas, quando Suassuna sofria artilharia pesada da mídia nacional por suposto envolvimento.
Isolado na campanha, Ney teve que conviver com a rejeição das principais lideranças do PMDB. Publicamente, o senador José Maranhão, preocupado com sua candidatura ao governo, insinuou a desistência de Suassuna. Chegou a “cortar na carne” ao determinar a retirada da candidatura do sobrinho, o deputado federal Benjamim Maranhão, também vítima de denúncias de envolvimento na máfia das sanguessugas.
Quando a crise atingiu seu ponto mais alto, o PMDB passou a discutir nos bastidores um substituto para Ney. Falou-se no ex-governador Roberto Paulino e no deputado Vital Filho. No adesivo que recolheu no final da campanha, Ney viu claramente que o processo de afastamento dele estava num estágio bem avançado. “Agora eu sou Vitalzinho senador”, diz o material.
Suassuna recebeu informações de que, além de adesivos, foram feitos ainda “santinhos”. Em entrevistas dadas logo ao final da campanha Ney não escondeu a mágoa e a revolta. “Fui traído pela segunda vez”, chegou a declarar. Há dias, o senador ficou livre da cassação, tendo recebido apenas uma advertência verbal do Conselho de Ética do Senado.
Redação
ClickPB