O encerramento do 13º Encontro Nacional do Partido dos Trabalhadores, que acontece amanhã em São Paulo, promete polêmica com a votação de uma emenda que prevê a punição interna dos filiados envolvidos no esquema do mensalão.
A medida pode provocar uma ruptura no partido, ao contrário do que pediu, na sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele havia dito que, para vencer as eleições, o PT precisava se unir contra a oposição.
“Isso só pode ser feito com uma aliança forte com os partidos de esquerda. Se a gente conseguir detectar quem são nossos aliados e nossos adversários, se tivermos essa ‘finesse’ no trato político, que venham: estaremos prontos para rechaçá-los”, disse o presidente ontem.
No encontro, cerca de 1,5 mil integrantes do PT aclamaram Lula como candidato à reeleição em outubro, apesar do fato não ser confirmado por ele.
O deputado Jose Eduardo Cardozo (PT-SP) defende que as punições sejam aplicadas. Para ele, o PT defende a ética independente de qualquer processo de cassação. “O PT não pode colocar a sujeira debaixo do tapete. Precisamos ser duros com quem feriu a ética partidária”, disse o deputado, que participa do encontro nacional do partido.
O tipo de punição a ser aplicado para os filiados do partido envolvidos no esquema não foi especificado da emenda. Os envolvidos terão de responder a um processo interno e a pena dependerá do que é previsto pelo estatuto do próprio PT.
Alianças
CArdozo também comentou as alianças do PT para a campanha eleitoral. Segundo ele, em um primeiro turno, o PT deve se aproximar de seus aliados históricos, com PCdoB e PSB. Mas, em um segundo turno, de acordo com o deputado, será preciso ampliar o leque de opções, pela própria dinâmica existente no segundo turno.
Questionado sobre uma possível aliança com o PP em São Paulo, partido de Paulo Maluf, Cardozo disse que é muito cedo para falar sobre o assunto.
Redação Terra
PT pode punir integrantes envolvidos no mensalão
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