A coordenação da bancada do PT na Câmara dos Deputados e a Executiva do partido discutem nesta manhã, na sede regional do partido em Brasília, a compatibilização das atividades parlamentares com as linhas programáticas e estratégicas do PT. O objetivo é “afinar o discurso” para a reunião de bancada marcada para logo mais, às 14 horas, segundo um dos dirigentes.
Na reunião da tarde, com os deputados em exercício e os 27 eleitos em 1º de outubro e que tomam posse em 1º de fevereiro, poderá haver o lançamento da candidatura do líder do governo, Arlindo Chinaglia (SP), à presidência da Câmara, na sucessão de Aldo Rebelo (PCdoB/SP), candidato preferido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A preocupação dos dirigentes partidários e as lideranças é impedir que se repita novo “racha” na base aliada do governo na Câmara, tal como o que levou Severido Cavalcanti à presidência da Casa e praticamente paralisou a atividade legislativa até a sua renúncia.
Na pauta genérica informada, o PT pretende promover a integração da bancada e discutir a conjuntura política. A última reunião da bancada, no dia nove de novembro, contou com a participação de 62 parlamentares no exercício dos mandatos e os recém eleitos. Por falta de “afinação” no discurso, os parlamentares deixaram a reunião expondo uma posição de independência em relação às orientações do Palácio do Planalto, obrigando o presidente em exercício do PT, Marco Aurélio Garcia, posteriormente, a corrigir a situação.
Membros da bancada, no entanto, não escondem que a relação do partido com o Palácio do Planalto deverá ocupar boa parte do tempo, uma vez que há um contingente razoável de parlamentares petistas descontente com a possibilidade de perda de espaço no Governo Lula, pressionado pelos demais partidos convidados a participarem do governo de coalizão.
A reunião também deve abordar a pauta política nacional para o próximo ano. Marco Aurélio Garcia, ainda que não tenha mandato, deverá participar da reunião da tarde, como da primeira realizada após as eleições.
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