A cúpula tucana e pefelista aumentaram hoje o tom das críticas ao Governo Lula, durante a solenidade de formalização da chapa PSDB-PFL, em Brasília. Até mesmo o moderado candidato a Presidência da República, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), abandonou um pouco o seu estilo “light” para proferir ataques ao presidente petista. Para Alckmin, “o País andou quatro anos para trás neste governo”. O tucano questionou ações da gestão petista, como a realização de Parcerias Público-Privadas e ironizou “A única PPP que foi feita no Governo Lula foi no valerioduto”.
Mas foi do presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), que vieram os mais duros ataques. Segundo ele, Lula “traiu a sua classe”. Ele também defendeu um novo “tempo seriedade”. “O Brasil tem pressa e não pode perder mais quatro anos”. Para ele, são necessárias mudanças urgentes. “Esse país está cansado e é preciso demover o governo mais corrupto e incapaz da história da República”, disparou. Bornhausen classificou o Governo Lula de “ilusionista” e defendeu o desenvolvimento. “Precisamos crescer, gerar emprego”.
Já o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), disse que está na hora de “uma virada histórica de um País que perdeu o seu rumo e está perdendo a sua identidade”. “O Brasil não precisa mais de salvadores da pátria”, garantiu. Tasso também atacou o populismo na América Latina. “Não precisamos mais de Chavez, Moralles e de Fidéis. Esses carismáticos que estão aí”, disse, numa referência a Hugo Chavez, presidente da Venezuela, Evo Moralles, presidente da Bolívia e Fidel Castro, líder cubano.
Alckmin complementou as críticas dos seus aliados e disse que “não haverá aparelhamento”, em seu Governo. “Não acredito nessa história de que os fins justificam os meios e neste caso (Governo Lula) nem os fins são nobres. É apenas a luta pelo poder”, garantiu.
No evento, o PFL e o PSDB também aproveitaram para reafirmar a aliança entre os dois partidos, que andou estremecida recentemente com críticas de ambos os lados. De acordo com Bornhausen, o seu partido dará “apoio total, integral e permanente à candidatura do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) ao Palácio do Planalto”. Na ocasião, o PFL também entregou aos tucanos propostas para serem analisadas e incluídas no programa de governo de Alckmin, onde defendem, entre outras coisas, a redução de gastos públicos e a diminuição dos impostos.
Tasso Jereissati, por sua vez, elogiou a escolha do senador José Jorge (PFL-PE), que foi escolhido pelo seu partido para integrar a chapa tucana. Segundo ele, José Jorge “vem complementar o nome de Alckmin na disputa presidencial”.
Agência Nordeste
PSDB e PFL endurecem críticas ao Governo Lula
None
Política
Política
Política
Política
Política