Política

Promotoria italiana investiga ex-ministro da Saúde por espionagem

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A Promotoria de Roma abriu uma investigação sobre o ex-ministro da Saúde Francesco Storace para apontar se este cometeu delito de espionagem política contra seus adversários nas eleições regionais do Lazio em 2005, informaram nesta quarta-feira (29) veículos de comunicação locais.

Storace, da direitista Aliança Nacional, foi incluído no registro de “questinados” – passo anterior à formulação de uma acusação – com a suspeita de que praticou os delitos de “acesso abusivo a um sistema de informática” e “violação da lei eleitoral”.

O caso está ligado ao escândalo que levou à renúncia de Storace como ministro em 10 de março, poucos dias depois da divulgação de uma trama de espionagem política contra dois de seus concorrentes nas eleições regionais de abril de 2005: Alessandra Mussolini e Piero Marrazzo.

Vários jornais afirmaram que os dois candidatos foram vigiados por detetives particulares antes do pleito na procura de informações que permitissem “manchar” suas reputações em benefício de Storace que, apesar de tudo, perdeu as eleições.

O escândalo o levou a renunciar à pasta da Saúde para evitar que a centro-esquerda manipulasse o caso, segundo ele.

Com a notícia da investigação da Promotoria, Storace voltou a manifestar indignação e considerou o caso “intolerável”.

“É desconcertante sentir na própria pele a dignidade arruinada”, disse antes de criticar o fato de ter sido “comunicado” sobre a investigação pela imprensa, e não pela Justiça.

O líder dos deputados da Aliança Nacional, Carmelo Briguglio, também denunciou o “vazamento de notícias” que, em sua opinião, está “perfeitamente planejado” para que o caso apareça nos últimos dias de campanha eleitoral.

Já o representante dos Democratas de Esquerda (DS), Esterino Montino, pediu que Storace não se faça de vítima e que continue, “com serenidade”, sua campanha eleitoral. Ele afirmou que seu partido não tem nenhuma intenção de manipular o caso “por respeito às pessoas e ao trabalho dos magistrados”.


 


Agência EFE

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