Exclusivo – Pessoas ligadas ao gabinete do prefeito Ricardo Coutinho (PSB) resumem em poucas palavras o motivo pelo qual o professor Francisco Barreto foi afastado da secretaria de Articulação Política: pressão antitucana. Oficialmente, a nota da prefeitura de João Pessoa comunicando a saída de Barreto fala apenas em afastamento para tratamento de saúde.
Informações de dentro da prefeitura, no entanto, dão conta de que o secretário foi vítima de uma articulação que envolveu ingredientes como pressão peemedebista, vontade de acirramento da disputa com as principais lideranças tucanas no Estado, a exemplo do senador eleito Cícero Lucena e da família Cunha Lima, e ainda disposição do secretário Gervásio Maia em conduzir o endurecimento dos discursos.
“Os métodos não estavam batendo”, destaca fonte que circula nos corredores da prefeitura. Segundo a fonte, não se trata de aproximação de Barreto com ninho tucano. Mas com a derrotada nas urnas, aliada a série de denúncias de irregularidades contra prefeitura, fizeram com que lideranças do PMDB e do PSB paraibano passassem a defender uma reação mais contundente contra os tucanos.
“E Barreto fazia uma linha mais voltada para o diálogo”, resumiu a fonte. Segundo ele, Barreto teria sugerido uma distensão da prefeitura com o governo estadual “em nome da consolidação do desenvolvimento da Capital”. Barreto não trata do assunto. Ontem, procurou evitar contato com a imprensa para não suscitar especulações.
Ninguém confirma, mas as informações dão conta de que o secretário Gervásio Maia e o jornalista Nonato Bandeira, ex-secretário de Comunicação do município, foram os grandes artífices da saída de Barreto.
Redação Clickpb