O presidente em exercício, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), prometeu ocupar o cargo com o máximo de discrição. Mas já iniciou seu curto mandato –de apenas dez horas aproximadamente– com uma medida polêmica. Ele convidou os líderes da oposição Arthur Virgílio (PSDB-AM) e José Agripino Maia (PFL-RN) para uma conversa no gabinete presidencial.
É a primeira vez desde a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que os dois visitam o Palácio do Planalto.
“Será uma visita de cortesia”, ironizou Agripino, cotado para ser vice na chapa do pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, Geraldo Alckmin.
A avaliação no meio político é que Renan está querendo dar o troco para o presidente Lula, que ontem enviou o ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) para oferecer o posto de vice na chapa petista à reeleição para o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP).
Renan teria ficado descontente com o fato do Palácio ter escolhido Temer para discutir uma aliança com o PMDB na sucessão presidencial. É que Renan tem sido um defensor fiel do Planalto dentro do PMDB e um dos principais opositores da candidatura própria. Ele e Temer pertencem a grupos opostos no partido e freqüentemente trocam acusações. Temer, por exemplo, vem dando apoio à candidatura própria do PMDB.
O presidente do Senado assumiu interinamente a Presidência da República hoje em substituição a Lula, que viajou com o vice para a Argentina. O presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), segundo na linha sucessória, também viajou para o Paraguai.
Havia a expectativa de que o presidente do Senado fosse viajar também para o exterior, o que abriria caminho para presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ellen Gracie, assumir interinamente a Presidência. Como Renan ficou no Brasil, assumiu a Presidência e Gracie não foi a primeira mulher a assumir esse posto, mesmo que interinamente, no país.
Fonte: Folha Online
Presidente em exercício usa gabinete de Lula para se reunir com oposiç
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