O prefeito de Londres, Ken Livingstone, disse que o embaixador dos Estados Unidos, Robert Tuttle, é “malandro” ao se negar a pagar a taxa cobrada pela Prefeitura aos veículos que circulam pelo centro da capital.
Em declarações à emissora “ITV”, reproduzidas hoje pelo “Evening Standard”, Livingstone afirmou textualmente que “seria bom que o embaixador dos EUA no Reino Unido pagasse essa taxa como todo mundo, em vez de tentar escapar como um malandro”.
Na segunda-feira, o prefeito, que considera o embaixador americano diretamente culpado por a embaixada de seu país deixar de pagar a taxa, o que um porta-voz americano negou, descreveu Tuttle como um ex-vendedor de carros usados.
“Quando tropas britânicas arriscam sua vida pela política externa dos Estados Unidos, seria bom que (seus diplomatas) pagassem essa taxa”, disse o prefeito, que faz parte da ala esquerda do Partido Trabalhista e é contra a Guerra do Iraque.
A dos Estados Unidos é apenas uma das cerca de 50 embaixadas cujo pessoal diplomático não paga a taxa, que subiu de 5 para 8 libras diárias (7,3 para 11,7 euros) em julho passado.
Outros países como Austrália, França, Dinamarca, Espanha e Itália, para citar apenas alguns, continuaram pagando.
Os americanos argumentam que, de acordo com a Convenção de Viena, essa carga é um imposto, e portanto não precisa pagá-la porque os diplomatas britânicos também não pagam impostos nos EUA.
Um relatório encomendado a uma equipe de advogados pela embaixada do Canadá determinou efetivamente que se trata de um imposto. Apesar disso, os diplomatas canadenses decidiram continuar pagando, pois a consideram benéfica porque reduz a congestão do tráfego no centro de Londres.
EFE
