A aliança entre as principais legendas de esquerda de oposição, PPS e PDT, não deve seguir adiante. A cúpula do PPS ainda faz uma reunião derradeira nesta semana para tomar posição sobre uma aliança com os pedetistas, mas tudo aponta para que os dois partidos sigam caminhos distintos nas eleições de outubro: o PPS deve declarar seu apoio ao candidato tucano à Presidência da República, Geraldo Alckmin, enquanto o PDT prepara a campanha do senador Cristovam Buarque (DF) à Presidência.
Tudo caminha para que as esquerdas realmente entrem divididas nas eleições de outubro: o PSOL, que ensaiou negociações ainda no início do processo com PDT e PPS, já confirmou a senadora Heloisa Helena (AL) como sua candidata para disputar a Presidência da República.
Oficialmente, o PPS ainda não admite que a aliança fez água, mas os dois partidos não chegam a acordo sobre um ponto fundamental para a aliança: a cabeça de chapa. O presidente, o deputado federal Roberto Freire (PE) já se manifestou publicamente na imprensa contra Buarque. Dentro do PPS, o senador do Distrito Federal é considerado “petista” demais, enquanto o PDT firma posição na sua candidatura. “O caminho, então, é apoiar o PSDB?”, diz o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi. “Por esse caminho, nós não vamos”, afirma.
O PSDB é o “plano B” do PPS que se torna cada vez mais a alternativa principal em função do provável “naufrágio” do acordo com os pedetistas. Na legenda, a possibilidade de lançar uma candidatura própria, com Freire na cabeça de chapa, é vista como altamente improvável.
A reunião desta semana vai servir para a cúpula do partido passar uma posição em definitivo para o restante da base, que precisa fechar as coligações estaduais. Ontem, o partido indicou que deve lançar candidatos a governadores em pelo menos 7 Estados: Mato Grosso, Rondônia, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre e Piauí.
O PDT, por sua vez, está em processo de organização da campanha de Buarque. Hoje, o presidente Carlos Lupi está em São Paulo para começar a definir a campanha do senador no Estado.
Fonte: Folha Online
PPS deve apoiar Alckmin enquanto PDT deve seguir candidatura própria
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