Críticas

População de Santa Rita reclama de água barrenta nas torneiras e leva balde em romaria para protestar contra prefeitura após privatização

A empresa que venceu a licitação da gestão municipal havia garantido que o retorno do serviço seria rápido, mas não foi o que aconteceu.

População de Santa Rita reclama de água barrenta nas torneiras e leva balde em romaria para protestar contra prefeitura após privatização

Moradores da cidade estão sem água após a prefeitura decidir suspender o contrato com a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa)​. — Foto:Reprodução

O serviço de abastecimento de água no município de Santa Rita pela empresa Consórcio de Águas do Nordeste (ANE) continua gerando transtornos na população. Moradores da cidade estão sem água após a prefeitura decidir suspender o contrato com a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa).

Relatos de algumas pessoas que ainda dizem receber o serviço mostram que a água chega nas torneiras com a cor barrenta. “Não está amarela. Está igual a um suco de laranja”, disse um morador em um vídeo divulgado nas redes sociais.

Em outro registro, um homem aparece na romaria da Santa Rita de Cássia, padroeira das causas impossíveis, com um balde na cabeça reclamando da gestão municipal. Com fogos de artifício estourando ao fundo, ele grita contra o prefeito: “Dr. Emerson [Panta], o povo quer água nas torneiras. Não é isso, não”.

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Outro meio utilizado pela população para externar as críticas é a rede social da prefeitura. No Instagram, usuários enchem as postagens da gestão questionando a falta de água na cidade. Em uma publicação convocando os moradores para a festa da padroeira, uma usuária comentou: “Espero que ela nos ajude na causa impossível que é ter água na torneira nessa cidade”

Na última semana, a Cagepa tentou reverter a situação e reassumir o controle da gestão local das águas. A empresa alegou que, isoladamente, Santa Rita teria dificuldades de se abastecer, pelo fato da cidade integrar um contexto específico de água e esgotamento sanitário.

Já a ANE justificou a falta de água alegando que suspendeu emergencialmente o abastecimento devido a uma falha nas bombas da captação de água. A empresa havia garantido que o retorno seria rápido, mas não foi o que aconteceu.

De acordo com a prefeitura, a decisão de romper o contrato com a Cagepa foi devido à falta de investimento da empresa na cidade.

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