Política

Polícia Federal pede prisão de assessor de Hauly

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A Polícia Federal pediu hoje a prisão temporária do chefe-de-gabinete do deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), Amauri Escudero Martins, por indícios de colaboração com os suspeitos de aplicar golpes de cobrança de dívidas não-reconhecidas pela Itaipu Binacional.

O pedido de prisão foi enviado hoje à 1ª Vara Criminal Federal de Curitiba, pelo delegado que coordenou a Operação Castores, Fernando Francischini. Na última terça-feira, a operação prendeu seis acusados de participação nos golpes.

Até o final da tarde de hoje, a juíza Anne Karina Stipp Amador Costa não havia dado ordens para prender Escudero. A Folha apurou que, antes de mandar prender Escudero, ela quer saber se o Ministério Público Federal endossa o pedido da PF.

O delegado Francischini esperava que o assessor de Hauly respondesse a uma intimação para prestar depoimento às 10h de hoje, na delegacia de Curitiba. Escudero não compareceu. O assessor disse à reportagem que não recebeu a intimação a tempo.

A PF suspeita de quebra de sigilo funcional da Câmara dos Deputados por parte de Escudero. Ele teria vazado os documentos da Itaipu para Laércio Pedroso –apontado como o cabeça do esquema contra a Itaipu e mais três empresas hidrelétricas. Pedroso é um dos seis que cumprem prisão temporária desde terça.

Na quarta-feira, a Folha obteve na PF a informação de que entre os 64 kg de papéis em uma mala pertencente a Pedroso havia cópias de documentos sigilosos liberadas pela Itaipu à Mesa da Câmara, a pedido do deputado Hauly. A binacional atendeu a um requerimento feito pela Comissão de Relações Exteriores, que investiga possíveis irregularidades nas contas da hidrelétrica.

Escudero se encontrou com o Pedroso minutos antes de este ser preso, no check-in da TAM, no aeroporto de Curitiba. A mala estava em nome do assessor de Hauly quando foi apreendida.

Outro lado

Por telefone, Escudero disse à reportagem que a convocação para ele depor só chegou ao gabinete de Hauly às 16h21 de hoje, entregue por um funcionário do departamento de pessoal da Casa. Ele disse que seu advogado, Leandro Rosa, informou ao delegado Francischini que a intimação não ocorreu.

Ele afirma que não sabe sob que argumento nem com base em qual lei a PF expediu uma intimação a Brasília para que ele fosse ouvido em Curitiba. “Fala-se em quebra de decoro funcional. Se é isso, devo resposta à Mesa da Câmara, não à PF.”

Fonte: Folha Online

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