A reunião de ontem do PMDB paulista serviu para levantar uma hipótese que alguns integrantes consideravam remota: o lançamento de uma candidatura própria ao governo de São Paulo. O ex-governador Orestes Quércia é considerado “bom” de televisão e rádio e atuaria como um “puxador” de votos para a bancada federal e estadual, que “emagreceu” de oito para quatro deputados nesta legislatura.
Quércia já chegou a estar na dianteira das intenções de voto para o governo paulista, mas foi suplantado pela petista Marta Suplicy –que foi preterida por seu partido– e pelo tucano José Serra, ex-prefeito de São Paulo. O ex-governador, no entanto, ainda é visto como um político forte no interior do Estado.
É essa força no interior que tenta ser capitalizada tanto pelo PSDB quanto pelo PT, que buscam puxar a legenda para um acordo em São Paulo. Nesta semana, os tucanos paulistas devem se encontrar com Quércia, em uma tentativa “derradeira” de evitar que ele saia candidato e roube votos de Serra.
A candidatura de Quércia traz mais vantagens para o candidato do PT ao governo, porque supostamente aumenta as chances de um segundo turno entre o senador Aloizio Mercadante e o ex-prefeito de São Paulo.
Quanto ao apoio ao PSDB ou ao PT, integrantes do PMDB paulista ainda consideram mais provável que o partido se incline para o lado dos tucanos. Ontem, a reunião dos peemedebistas definiu os candidatos para a Assembléia mas não houve manifestações para o Senado. O apoio a um candidato tucano para senador seria a chave para uma “aliança branca” entre os dois partidos no Estado.
Fonte: Folha Online
