O pré-candidato do PMDB à Presidência, o ex-presidente Itamar Franco, disse que o partido precisa ter candidatura própria nas eleições de outubro. Dividido, o partido vai definir se desiste ou mantém a candidatura própria na convenção de sábado.
Para Itamar, se o partido desistir da candidatura própria estará pronto para assinar o seu “atestado de óbito”. “Se o PMDB teimar em ser coadjuvante e não ter candidato, terá que assinar o atestado de óbito.”
Itamar se reúne hoje com o presidente do PMDB, Michel Temer, e com o presidente do diretório paulista do PMDB, o ex-governador Orestes Quércia, em São Paulo. O ex-presidente disse que o partido está pronto para ocupar o espaço deixado pelo PSDB e PT no governo. “Esperamos que o PMDB ocupe o vácuo que tem no país e tenha candidato.”
Para Quércia, Itamar é o único candidato que tem condições de unir o PMDB. “Quem tem condições de somar o partido no sábado é o Itamar Franco”, afirmou ele se referindo à convenção de sábado.
Temer disse que a maior parte do PMDB sinalizou que endossa a tese da candidatura própria. “Os candidatos a governador querem a candidatura no plano nacional e naturalmente farão alianças brancas nos Estados.”
Ele voltou a repetir que o PMDB não concorda com a decisão do adversário interno de Itamar, o ex-governador Anthony Garotinho, de entrar em greve de fome para protestar contra a suposta perseguição que sofre da mídia. “Não concordamos com a greve de fome. Compete a ele [Garotinho] sair ou não da greve de fome. O PMDB não tomou partido. Não é uma questão partidária. É questão pessoal.”
Temer admitiu, entretanto, a possibilidade de telefonar para Garotinho e pedir que ele desista da greve de fome. “O que posso fazer, e talvez faça, é um apelo por telefone.”
Segundo ele, a greve de fome de Garotinho não deve interferir no resultado da convenção de sábado. “Isso [greve] não está dando resultados partidários.”
Fonte: Folha Online