Política

Oposição aproveita momento de debilidade de Lula, diz jornal

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A seis meses das eleições presidenciais de outubro, a oposição política brasileira aproveita o momento de debilidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, diz uma reportagem publicada nesta sexta-feira pelo jornal espanhol El País.

O jornal relata a intenção da oposição de pedir ao Congresso na próxima semana a abertura de um processo de impeachment “por crime de responsabilidade”, por causa dos escândalos de corrupção que vêm envolvendo o governo.

O jornal relata em outra reportagem a divulgação, na quinta-feira, do relatório da CPI dos Correios, que “acusa de corrupção dois ex-ministros, mas exime o presidente de culpa”.

O jornal britânico Financial Times também dedica uma reportagem ao tema em sua edição de sexta-feira, observando que, apesar da continuidade do escândalo, os mercados financeiros vêm se mantendo “estáveis”.

A reportagem observa que os mercados financeiros no Brasil se recuperaram rapidamente após as quedas observadas com a renúncia do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, na segunda-feira.

“Os corretores disseram que os investidores haviam sido tranqüilizados pelo sucessor de Palocci, Guido Mantega, que disse que manteria a austeridade fiscal e as metas monetárias”, diz a reportagem.

Outro jornal britânico, The Daily Telegraph, também destaca a crise política brasileira em sua edição desta sexta-feira, mas chama o presidente Lula de “primeiro-ministro”.

“Uma série de escândalos aumentaram a pressão sobre o primeiro-ministro socialista do Brasil, que foi eleito com promessas de acabar com décadas de corrupção e má administração financeira”, diz a reportagem.

Para o jornal, “os escândalos são um novo embaraço para Lula, um homem antes elogiado por Tony Blair [o premiê britânico] como um exemplo de líder progressista em uma região freqüentemente instável”.

O Daily Telegraph diz que Lula ainda é o favorito nas pesquisas para as eleições de outubro, mas que “mesmo esquerdistas brasileiros dizem que não podem mais garantir seu apoio a um homem que abandonou os pobres em favor dos prósperos banqueiros, latifundiários e madeireiros”.

Irã

No campo internacional, um dos temas de destaque da imprensa mundial nesta sexta-feira são as conversações sobre a crise nuclear no Irã ocorridas na véspera entre representantes das principais potências mundiais.

Reportagem do New York Times observa que a proposta da secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, de adotar imediatamente sanções não especificadas contra o Irã “recebeu uma reação decididamente fria da China e da Rússia”.

O Daily Telegraph, por sua vez, comenta que “as tentativas dos líderes mundiais de juntar forças para impedir o Irã de desenvolver armas nucleares ficaram complicadas ontem com desacordos em público sobre se Teerã deveria enfrentar sanções”.

Um comentário publicado pelo também britânico The Times diz que “o programa nuclear iraniano pode ser nebuloso, mas os esforços diplomáticos para tentar impedi-lo são transparentes”. “Tão transparentes que suas contradições internas são expostas”, diz o texto.

Para o jornal, sem o apoio de China e Rússia, as ameaças de sanções contra o Irã são “vazias”.

O jornal russo Gazeta observa que o resultado da reunião da véspera em Berlim entre os ministros do Exterior dos seis membros do Conselho de Segurança da ONU seguiu a linha adotada na quarta-feira pelo conselho, que estabeleceu um prazo de 30 dias para que o país entregue um relatório sobre suas atividades nucleares.

“O Irã mais uma vez ganhou tempo para pensar…”, diz o jornal.

Na China, o jornal em inglês China Daily diz que “a diplomacia, não a imposição de sanções ou pressões sobre o Irã, deve ser a maneira de avançar”. “Dada a sensível situação regional atual, à qual o Irã também está sujeito, a comunidade internacional deveria adotar uma atitude cautelosa ao lidar com a questão nuclear”, diz o jornal.

Fonte: Folha Online

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