João Pessoa

Oposição apresenta provas de participação de parentes de secretário no caso da Lagoa

Anteriormente o secretário de Infraestrutura, Cássio, Andrade, havia rechaçado a possibilidade de seus parentes terem participado ativamente da execução das obras

Oposição apresenta provas de participação de parentes de secretário no caso da Lagoa

Os vereadores da bancada de oposição concederam uma coletiva de imprensa para apresentar documentos — Foto:ClickPB

A bancada de oposição se reuniu na manhã desta quarta-feira (28) para apresentar documentos que comprovam a relação de parentes do secretário municipal Cássio Andrade na execução das obras da Lagoa do Parque Solón de Lucena em João Pessoa.

Anteriormente o secretário de Infraestrutura, Cássio, Andrade, havia rechaçado a possibilidade de seus parentes terem participado ativamente da execução das obras, mesmo estando em cargos importantes. Para o vereador Bruno Farias, o secretário “mentiu deslavadamente. Afinal de contas ele disse que não havia envolvimento de sua esposa no processo da Lagoa. Ela é signatária eletrônica dos documentos de autorização do desbloqueio de pagamento e o seu concunhado era o fiscal de obras da Compecc na obra”.

Em pelo menos três e-mails, a esposa do secretário Cássio Andrade, Luciana, aparece como signatária eletrônica e dá autorização de pagamentos. De acordo com o vereador Bruno Farias, líder da oposição, o fato é uma prova de que ela “participou sim autorizando o pagamento de recursos para medição à prefeitura de João pessoa”.

Além da participação efetiva da esposa de Cássio, Bruno relatou que o concunhado do secretário esteve presente nas visitas técnicas que o prefeito realizava durante a obra da Lagoa, inclusive fazendo explicações sobre o que estava sendo feito. “A Polícia Federal está de posse do diário de obras da Compecc relativo à revitalização do Parque Solón de Lucena”, ressaltou Bruno. Segundo ele, certamente nestes diários existe a assinatura do concunhado de Cássio comprovando sua atuação direta nas obras de revitalização.

O vereador Bruno Farias também apresentou uma denúncia recebida nesta terça-feira (27) sobre pagamentos feitos às vésperas da eleição de 2014, quando Lucélio Cartaxo, irmão de Luciano, era candidato a senador.

“Entre setembro e outubro de 2014, ano em que Lucélio Cartaxo foi candidato a senador, houve a liberação muito estranha de algo em torno de R$ 2,660 milhões”, revelou Bruno. Segundo a denúncia, R$ 660 mil foram liberados para a empresa Compecc de maneira ordinária com o pagamento sendo feito pela conta do convênio. Já os R$ 2 milhões diz respeito a um pagamento feito de forma anômala, da conta da prefeitura direto para a conta da Compecc, sem passar pelo convênio, já que foi paga com recursos ordinários da Prefeitura de João Pessoa como forma de antecipação do pagamento. “Algo estranho, curioso, que merece investigação por parte da Polícia Federal”, destacou o vereador.

Os documentos apresentados, de acordo com o vereador Bruno Farias, foram coletados através do Portal de Convênios (Sincov).

Confira os documentos:

Documentos atestando a participação de Luciana Maroja na liberação de recursos para a obra

Documentos atestando a relação de parentesco com o secretário Cássio Andrade

Documentos atestando que o concunhado de Cássio era responsável pela gestão da obra

As informações levantadas pelos vereadores serão entregues para o Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal (PF) e para a Caixa Econômica Federal. De acordo com Bruno Farias, o MPF será oficiado “demonstrando que havia uma relação, além da relação familiar, uma relação profissional no caso da Lagoa, cada um atuando em determinada localidade”. “Nós iremos oficiar também a PF e a própria Caixa Econômica Federal pedindo a instauração de um processo administrativo disciplinar contra a servidora Luciana”, declarou Bruno Farias.

O vereador ainda apontou que a conclusão a que se chega a partir das denúncias, de acordo com Bruno Farias, é de que “a obra da Lagoa foi concebida para ser um dreno de desvio de recursos públicos porque desde a composição da comissão de licitação a gente enxerga irregularidades”.

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