O presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, deve voltar amanhã à CPI dos Bingos para participar de uma acareação com o ex-militante petista Paulo de Tarso Venceslau. Venceslau acusa Okamotto de ser um tesoureiro informal do PT. De acordo com ele, o presidente do Sebrae, mesmo sem cargo na Executiva do PT, tinha poderes para captar recursos entre as prefeituras.
Amigo de Lula, Okamotto poderá se calar e não responder as perguntas que não têm relação com as denúncias de corrupção envolvendo prefeituras petistas no início dos anos 90. É que Okamotto conseguiu uma liminar no STF (Supremo Tribunal Federal) que lhe assegura esse direito.
De acordo com a decisão do STF, as perguntas deverão se limitar a pontos de divergência entre declarações anteriores dos acareados “sobre fatos ou circunstâncias relevantes, considerado o objeto do inquérito parlamentar”.
O caso
O presidente do Sebrae, que também é amigo de Lula, disse ter pago em 2004 uma dívida de R$ 29,4 mil que o presidente tinha com o PT. O dinheiro foi registrado na prestação de contas do partido de 2003. Okamotto afirmou à CPI que quitou a dívida de Lula em dinheiro por orientação do então tesoureiro do partido Delúbio Soares.
Ele disse ter feito saques em contas em Brasília, São Paulo e São Bernardo do Campo e, em seguida, enviado o dinheiro à direção do PT para pagar a dívida, registrada na prestação de contas TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2003.
A dívida passou a ser investigada pela CPI por conta de indícios de uso irregular do Fundo Partidário para pagar despesas de Lula.
Descobriu-se ainda que Okamotto quitou em 2002 uma dívida de R$ 26 mil da filha de Lula, Lurian Cordeiro Lula da Silva. Além disso, Okamotto doou R$ 24,84 mil para a campanha de Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, à Prefeitura de São Bernardo, em 2004.
Folha Online Com Folha de S.Paulo
Okamotto volta à CPI para participar de acareação com Paulo de Tarso
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