O advogado Luís Justiniano de Arantes, que defende o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, tentou explicar o episódio que foi interpretado como uma tentativa de seu cliente de escapar de uma intimação da CPI dos Bingos. A acareação, marcada para terça-feira, deve confrontar Okamotto e Paulo de Tarso Venceslau.
O escrivão da Polícia Federal José Bráulio Rodrigues –que trabalha com a comissão parlamentar– foi informado no prédio do Sebrae em Brasília que Okamotto não estaria viajando e só retornaria na próxima semana. Ao voltar ao local, ele viu Okamotto no Sebrae.
O advogado encaminhou à comissão parlamentar documentos que justificariam o episódio, que foi visto pela CPI como uma afronta à comissão. Segundo ele, Okamotto teria comprado passagens para viajar para Belo Horizonte nesta quarta-feira em dois horários diferentes: às 17h52 e às 18h35. O escrivão entregou a intimação às 17h34 para a secretária da chefia de gabinete da presidência do Sebrae, Janaina Lopes.
Neste horário, segundo Arantes, os assessores de Okamotto achavam que o presidente da instituição estava no avião com destino a Belo Horizonte no vôo das 17h52. E por isso teriam dito que Okamotto estava viajando e não poderia ser intimado.
Depois de entregar a intimação à secretária, o escrivão teve de voltar ao gabinete para corrigir um erro que encontrou no documento. Ao retornar, viu que Okamotto não havia viajado. De acordo com Arantes, Okamotto só pegou o avião às 18h35, fato que sua assessoria ignorava.
Arantes adiantou que Okamotto deve resistir à acareação marcada com Paulo de Tarso. O advogado encaminhará novos argumentos para manter a liminar que permite que Okamotto não vá à comissão parlamentar.
Fonte: Folha Online
