Trata-se de uma molécula, conhecida como ARC, que também tem capacidade para inibir a formação de vasos capilares nos tumores, segundo os autores do estudo, todos investigadores da Universidade de Illinois.
Os cientistas descobriram o ARC numa análise de mais de 2.000 compostos capazes de inibir um passo chave no ciclo celular. Estudos anteriores já tinham indicado que o bloqueio desse passo desencadeia a apoptose, ou «suicídio» das células cancerosas.
Ao serem tratadas com ARC, entre 50 e 70% das células cancerosas sofreram apoptose passadas 24 horas, enquanto que as células normais ficaram incólumes.
«Os nossos resultados sugerem que embora induza a morte celular nas células tumorais de modo muito eficaz, o ARC só causa um bloqueio do ciclo nas células normais», afirmou Andrei Gartel, professor de genética molecular e director do estudo.
«Isto dá à ARC uma importante vantagem como medicamento potencial contra o cancro, porque muitos dos medicamentos utilizados na actualidade também são tóxicos para as células normais», acrescentou.
O cientista referiu que o ARC induziu apoptose em linhas celulares de cancro da mama, do cólon, gástrico e hepático.
«Uma possível razão do efeito do ARC na morte celular será que essas células dependem da protecção de certas moléculas para sobreviver e quando estas se reduzem, devido ao tratamento do ARC, as células cancerosas entram em apoptose», adiantou.
«Cremos que o ARC tem potencial como fármaco contra o cancro. É um composto que induz a morte celular nos tumores, mas não nas células normais», afirmou. «Já começámos a explorar as suas possibilidades contra toda uma gama de diferentes tipos de tumor».
Diário Digital / Lusa
Nova molécula é capaz de eliminar células cancerosas
Cientistas norte-americanos criaram um composto químico que causa a morte das células cancerosas sem danificar as células normais
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