Nesta quarta-feira (21), o PSOL de Campina Grande, que tem o Professor Nelson Júnior como candidato a prefeito, ajuizou uma Representação Eleitoral por Propaganda Irregular contra o também candidato a prefeito Artur Bolinha (Novo), na qual pede aplicação de multa, retirada do ar de propaganda ilegal, investigação criminal, além de cassação da candidatura.
“A justiça eleitoral tem que investigar os responsáveios pela disseminação desse tipo de propaganda irregular. Que a justiça casse a candidatura do Bolinha, multe e que a polícia investigue os verdadeiros culpados e eles paguem pela dissemminação de discuros de ódio”, disse.
Nelson Júnior acionou a justiça eleitoral pedindo a cassação da candidatura do partido Novo em Campina Grande após Bolinha publicar no seu Instagram de um vídeo que apresenta uma pessoa fazendo um gesto atribuído a supremacistas brancos, tal qual já fez Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, que chegou a ser preso por referida prática.
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O gesto denunciado por Nelson Júnior
O gesto consiste na união do dedo polegar com o indicador, formando um círculo e mantendo os outros três dedos levantados. Ele costuma ser realizado por extremistas de direita, e conforme organizações internacionais de Direitos Humanos, configura uma incitação ao crime de racismo e ódio contra minorias.
Na ação, o PSOL diz que “a veiculação desse tipo de símbolo em propaganda eleitoral não só é incompatível com os princípios da democracia e da igualdade, mas também configura violação da legislação eleitoral, ao propagar ideias racistas e de ódio, atingindo diretamente a dignidade de grupos raciais e étnicos, principalmente de Campina Grande, onde o Representado postula a prefeitura”.
A Representação está na 17ª Zona Eleitoral de Campina Grande, e requer a instauração de investigação policial para apuração de crimes preconceitos raça e cor, em razão da publicação do gesto extremista.
A Justiça Eleitoral vai analisar a Representação.