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“Não sei do que estão me acusando”, reclama Lindolfo Pires, alvo de operação da Polícia Federal

"Não sei do que estão me acusando Tenho que ser informado". Fala de Lindolfo Pires aconteceu após operação da Polícia Federal.

Lindolfo Pires, Não sei

Lindolfo Pires (Foto: reprodução)

“Não sei do que estão me acusando Tenho que ser informado”. A fala é do secretário da Juventude, Esporte e Lazer da Paraíba, Lindolfo Pires, e vem como resposta a uma operação da Polícia Federal, onde ele é um dos alvos. A operação aconteceu na manhã desta terça-feira (11).

Lindolfo Pires concedeu entrevista ao programa Arapuan Verdade, da Arapuan FM. Como acompanhado pelo ClickPB, ele questionou o fato de ser alvo da operação, mesmo não tendo ligações com a Secretaria de Educação em 2018.

“Fiquei extremamente surpreso com essas informações. Primeiramente, não sei do que estou sendo acusado e que fato gerou tal repreensão da polícia. Tenho que ser informado do que estou sendo acusado. Já fui secretário de Estado quatro vezes. Em todas as secretarias não pesa nada contra minha conduta. Espero que possa ter a oportunidade de oferecer, em momento oportuno, minha defesa. Sei da minha conduta e tenho certeza que enquanto continuar na política vou sair limpo da mesma forma que entrei”, afirmou Lindolfo, como visto pelo ClickPB.

Operação Livro Aberto

O ClickPB apurou que a operação ‘Livro Aberto’ tem como objetivo combater fraude à licitação, desvio de recursos públicos, corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro, relacionados a contratos formalizados pela Secretaria de Estado da Educação no ano de 2018, último ano da gestão de Ricardo Coutinho (PT).

As investigações relacionadas a supostas irregularidades nos contratos da educação foram iniciadas através da operação Calvário, conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba. A estimativa é que os desvios sejam superiores a R$ 4 milhões.

De acordo com a assessoria da Polícia Federal, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), além da indisponibilidade de bens, valores, dinheiro e ativos dos investigados. Veja locais onde mandados de busca e apreensão foram cumpridos:

  • Em João Pessoa: bairros de Miramar, Manaíra, Altiplano, Tambauzinho;
  • Em Campina Grande: bairros de Monte Santo, Alto Branco, Centenário e Malvinas;
  • Lagoa Seca;
  • Goiana (Pernambuco): praia de Ponta de Pedras;
  • Arapiraca (Alagoas): bairro Canafistula.

O cumprimento das medidas cautelares tem o objetivo de colher elementos informativos para investigação iniciada em 2019, que apura o possível pagamento de propina a agentes políticos no Estado da Paraíba.

De acordo com informações obtidas pelo jornalista Clilson Júnior, do ClickPB, entre os alvos das investigações devido a supostos desvios na secretaria de educação do estado, em 2018, estão deputados, ex-deputados e um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB).

São investigados por supostos desvios na secretaria de educação, no ano de 2018:

  • Conselheiro do TCE/PB: Artur Paredes Cunha Lima;
  • Deputado Estadual: Lindolfo Pires;
  • Deputado Estadual: Branco Mendes;
  • Deputado Estadual: Tião Gomes;
  • Ex-Deputado Estadual: Artur Paredes Cunha Lima Filho;
  • Ex-Deputado Estadual: Edmilson Soares.

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